O Benfica sofreu a bom sofrer para sair de Vizela com a vitória (2-0) no bolso, em jogo da 22.ª jornada da I Liga disputado na noite de sábado. As águias assinaram uma exibição muito abaixo do nível evidenciado ao longo desta temporada e bem podem agradecer à falta da pontaria dos jogadores adversários, que tiram tinta aos ferros da baliza de Odysseas.
Os golos encarnados foram apontados por João Mário, o goleador improvável que já contabiliza 19 golos esta temporada, 14 deles no campeonato.
De qualquer modo, e apesar da noite ter sido de desinspiração, o Benfica conseguiu ampliar, de forma provisória a vantagem pontual sobre o FC Porto, que esta noite recebe o Gil Vicente. Até lá, águias e dragões ficam separados por oito pontos.
Vamos aos protagonistas de ontem.
A figura
João Mário foi o protagonista de mais uma vitória do Benfica, algo que se tornou habitual esta temporada. O médio português vive um momento de grande fulgor e é um dos motores deste Benfica. Apareceu bem aos 38 minutos para finalizar uma jogada de contra ataque e não acusou a pressão de bater um penálti nos descontos, isto tendo em conta que havia falhado contra o Boavista. Fora os golos, revelou a inteligência do costume, sabendo ocupar os espaços e tendo critério na circulação da bola.
A surpresa
Bruno Wilson foi das melhores unidades do lado da equipa da casa, assinado vários cortes providenciais, nomeadamente na primeira parte. Sabe posicionar-se e não inventa na hora de afastar o perigo, tal como se pede a qualquer defesa central. Essencial na defesa vizelense.
A desilusão
Alexander Bah voltou ao onze, depois de cumprir castigo frente ao Boavista, mas a noite não foi de inspiração para o lateral dinamarquês. Pouco acrescentou no momento ofensivo e ainda ficou à beira de cometer uma grande penalidade logo no reatar da partida.
Os treinadores
Tulipa
O Vizela apresentou-se em campo a jogar olhos nos olhos com o Benfica. Na segunda parte, a perder, Tulipa não teve medo de dar mais liberdade à equipa e apenas os ferros impediram que o empate voltasse ao marcador. Pela exibição realizada, a equipa do Vizela merecia, pelo menos, um ponto.
Roger Schmidt
Fez várias alterações no onze e o Benfica até deu alguns sinais positivos na primeira parte. Na segunda, viu a equipa encolher-se perante a pressão adversária. Fica a sensação de que poderia ter lançado Rafa e Musa mais cedo.
O árbitro
Noite de muito trabalho para Nuno Almeida e para o VAR António Nobre. O lance de Bah e Osmajic é muito discutível, uma vez que o jogador do Benfica acerta apenas e só no adversário. Ainda assim, a responsabilidade deste lance fica mais do lado do VAR.
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