Passo a passo, o Benfica parece estar a reerguer-se e, esta quinta-feira, voltou a triunfar na deslocação ao reduto do Paços de Ferreira (0-2), em duelo antecipado relativo à 20.ª jornada, seguindo firme na liderança da I Liga.
A equipa de Roger Schmidt - que colocou Gonçalo Guedes no onze - não poderia ter pedido um arranque melhor e, ainda dentro dos primeiros 15 minutos, já se encontrava a vencer por dois golos de diferença para desânimo dos castores.
Com dois tentos de rajada, Grimaldo abriu o ativo de livre direto ao rubricar uma obra de arte aos sete minutos e João Mário tratou de ampliar a vantagem logo de seguida, numa primeira parte que ainda teve uma bola de Nigel Thomas ao poste.
O líder do campeonato abrandou na segunda parte e os pacenses foram acreditando gradualmente que poderiam relançar a partida, sendo que Nigel Thomas voltou a atirar ao poste e Fábio Gomes não deixou cair em vão o provérbio "não há duas sem três", já em tempo de descontos.
A verdade é que a ausência de golos levou a que o Benfica confirmasse novo triunfo no campeonato, seguindo na liderança com 47 pontos, enquanto o Paços de Ferreira é cada vez mais último, com apenas seis.
Vamos então às notas da partida:
Figura
João Mário jogou e fez jogar. Além de ter marcado o segundo e último golo do Benfica na partida, revelando estar no sítio certo à hora certa para encostar para o fundo das redes, o internacional português protagonizou uma exibição segura e plena de confiança. O experiente médio ganhou praticamente todos os duelos, revelou ser muito assertivo nos passes e apresentou a leitura de jogo exigida para realizar uma grande exibição na Mata Real.
Surpresa
Gonçalo Guedes até parece que já joga no Benfica desde o início da temporada, tal é a forma como parece estar exemplarmente entrosado com os restantes colegas, naquela que foi a primeira titularidade promovida por Schmidt. Apesar de alguns duelos perdidos, o avançado emprestado pelo Wolverhampton foi um dos grandes destaques da partida e revelou ser crucial no lance do segundo golo, além de outras oportunidades criadas.
Desilusão
Erick Ferigra rendeu Maracás, expulso no último jogo contra o Sp. Braga (1-2), mas não conseguiu estar à altura do desejado. Naquela que foi a primeira titularidade em 2023 (a última tinha sido na derrota em Alvalade por 3-0, em dezembro), o central equatoriano acumulou alguns erros no encontro, um dos quais no lance que deu o segundo golo do Benfica. Além disso, Ferigra perdeu vários duelos e nem sempre conseguiu marcar os oponentes como queria.
Treinadores
César Peixoto deveria ter uma lição bem estudada para a receção ao Benfica, mas os primeiros erros terão deitado tudo 'por água abaixo', com dois golos de rajada a deixarem os castores destroçados numa fase madrugadora do encontro. A equipa da casa bem tentou reagir e o treinador dos pacenses tentou dar ânimo à equipa com uma tripla substituição aos 70 minutos, sendo que, nessa reta final, até viu a sua equipa ameaçar o golo por duas ocasiões.
Roger Schmidt apenas quis trocar Draxler por Gonçalo Guedes, por comparação ao jogo nos Açores, algo que pareceu funcionar bem desde início, até porque o avançado português foi fulcral no lance do segundo golo, num primeiro tempo em que as águias estiveram competentes. Numa segunda parte com pouco volume ofensivo, o treinador das águias optou por ir refrescando a equipa e acabou pro conseguir controlar o jogo e o resultado, na medida do possível.
Árbitro
Luís Godinho protagonizou uma arbitragem segura e sem casos polémicos. Competente no momento de apitar as faltas e criterioso a puxar dos cartões amarelos do bolso, o árbitro de 37 anos soube como dirigir a partida e em nenhum momento foi protagonista.
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