A era Andrea Agnelli foi oficialmente encerrada após quase 13 anos de reinado. O ex-presidente da Juventus despediu-se, esta quarta-feira, durante a assembleia de acionistas que nomeou o novo presidente-executivo, Gianluca Ferrero, e a nova direção.
"Quero virar a página e tomei essa decisão com John Elkann, de dar um atrás para ter liberdade de pensamento. Foi o meu pedido depois de um período tão intenso”, começou por dizer.
O italiano falou com orgulho dos resultados desportivos, agradeceu aos dirigentes, jogadores e treinadores, e voltou a falar da Superliga: "Se eu quisesse manter uma posição privilegiada na ECA, na UEFA e na FIGC, não teria tomado as decisões de abril de 2021. Acho que o futebol europeu precisa de reformas estruturais. Caso contrário, haverá um declínio inexorável e a Premier League tornar-se-á cada vez mais dominante, atraindo todos os talentos para o seu campeonato".
Agnelli não se esqueceu da UEFA e da FIFA: “Os reguladores não querem enfrentar problemas, querem manter as suas posições privilegiadas. Espero que o Tribunal de Justiça da União Europeia reconheça o desporto como uma indústria e que a decisão abra uma gestão diferente do desporto internacional”. Agnelli, a propósito, quis recordar aos seus aliados em Espanha: "Quero agradecer ao Real Madrid e ao Barcelona, que, juntamente com a Juve, tiveram a coragem de enfrentar as sanções ameaçadas pela UEFA".
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