O Varzim qualificou-se, este domingo, para a 4.ª eliminatória da Taça de Portugal, após eliminar o Sporting, no Estádio Cidade de Barcelos.
Uma eliminação inadmissível. Este foi o adjetivo utilizado por Rúben Amorim no final do encontro de ontem. Um leão que se mostrou previsível e sem ideias a atacar, atabalhoado e sem nexo na hora de recuar linhas e fechar espaços.
Um leão que parece em decomposição e nos últimos jogos parece uma sombra do que já foi num passado recente. Esta época, os pupilos de Amorim apenas venceram metade dos jogos realizados (sete em 14). As derrotas contra o Marseille não são apenas culpa de dois jogadores (Adán e Esgaio), o desaire contra o Varzim também não se explica pela falhas de um ou outro jogador. Este leão está efetivamente doente e precisa urgentemente de antibiótico. Culpa não tem o Varzim, que fez, e bem, os trabalhos de casa e, à boleia de João Faria, tirou os melhores dividendos do encontro em Barcelos.
Vamos então às notas de destaque desta partida:
Figura
João Faria entra indubitavelmente para a história deste encontro. Marcou o golo do triunfo e que valeu a primeira vitória do Varzim, em provas a eliminar, diante do Sporting.
Surpresa
Joãozinho foi dos homens mais perigosos na frente de ataque do Varzim e espreitou o golo num par de ocasiões. Também nas ações defensivas mostrou-se um forte baluarte para a sua equipa.
Desilusão
Paulinho rubricou uma exibição desastrosa. Nada acertado no seu habitat natural, também não esteve nada bem nas ações defensivas e acabou por ter interferência no lance que resultou no golo poveiro.
Treinadores
Tiago Margarido recebe a nota máxima deste encontro. Conseguiu montar a equipa na perfeição, construindo um bloco quase exímio no setor mais recuado e deixando sempre a porta aberta à ‘trincheira’ rival. Apesar do demérito do Sporting, Tiago Margarido merece todos os elogios e mais alguns pela forma como superou o seu homólogo na estratégia montada para este encontro.
Rúben Amorim continua a somar jogos desastrosos. Se o problema não reside em apenas um jogador (seja Adán, seja Ricardo Esgaio,…), a verdade é que este Sporting continua a meter água por todo o lado. Inofensivo a atacar, uma posse de bola infértil e a defender parece um autêntico ‘aqueduto’, em que mete água por todo o lado.
Árbitro da partida
Uma arbitragem impecável de Bruno Costa, sem erros na componente técnica nem disciplinar.
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