O Benfica está perto, muito perto de assegurar o apuramento para a fase de grupos da Liga dos Campeões, depois do triunfo conquistado sobre o Dínamo Kyiv, por 2-0, na primeira mão do playoff, disputada no estádio Miejski Wladyslawa Króla, na cidade polaca de Lodz.
Os encarnados foram, durante parte significativa da partida, a força dominante, e arrancam, assim, um resultado que permite a Roger Schmidt encarar o segundo 'round, que terá lugar no estádio da Luz, com toda uma outra tranquilidade.
O primeiro golo da noite teve a assinatura de Gilberto, logo aos nove minutos. Ainda antes do tempo para o intervalo, foi a vez de Gonçalo Ramos (quem mais?) fazer o gosto ao pé e selar, desta maneira, o triunfo diante do adversário ucraniano.
Com o triunfo bem encaminhado, as águias limitaram-se a gerir, no segundo tempo... e por pouco não pagaram caro. Valeu Odysseas Vlachodimos, que, com duas defesas de alto nível de dificuldade, manteve o nulo no marcador.
Benfica e Dínamo Kyiv voltam a medir forças, na caminhada para a prova milionária, já na próxima semana. O reencontro está agendado para terça-feira, 23 de agosto, a partir das 20h00 (hora de Portugal Continental), na capital lusa.
Figura
Mais um grande jogo de Gonçalo Ramos, uma figura preponderante desta equipa do Benfica, com e sem bola. ‘Segurou’ a defesa adversária no primeiro golo, e atirou ele próprio para o fundo das redes, no segundo. Leva já cinco tentos em tantas outras partidas da nova temporada, o que levanta dúvidas quanto aos motivos da suposta vontade dos encarnados em negociá-lo.
Surpresa
Para quem já não jogava há quase duas semanas, devido a lesão, David Neres, que regressou diretamente para o onze titular, não deu qualquer indicação de que estivesse com falta de ritmo competitivo. Protagonizou inúmeras investidas perigosas, a fletir da direita para o centro, e ainda assistiu para o golo de Gonçalo Ramos.
Desilusão
Oleksandr Andriyevskyi foi a aposta de Mircea Lucescu para o lugar do castigado Sergiy Sydorchuk, mas esteve longe de colocar em campo a qualidade que o companheiro de equipa coloca. Denotou sérias deficiências técnicas, o que comprometeu, de sobremaneira, a construção de jogo do Dínamo Kyiv.
Treinadores
Mircea Lucescu: O treinador romeno já tinha admitido, na véspera que o Benfica tinha mais “qualidade” ao nível do plantel, e isso notou-se, ao longo dos 90 minutos. O plano estava lá, como comprovaram as (poucas) saídas perigosas para o ataque, com passes rápidos e de primeira. No entanto, a ‘tremedeira’ defensiva deitou tudo a perder.
Roger Schmidt: Desde cedo que ficou a sensação de que, com maior ou menor dificuldade, o Benfica iria conquistar uma vitória ‘sem espinhas’. A equipa colocou, como é habitual, vários jogadores no ataque, e as oportunidades foram-se sucedendo. O único ‘senão’ foi o espaço excessivo nas costas de Florentino Luís e Enzo Fernández, que originou alguns ‘calafrios’.
Árbitro
O alemão Feliz Zwayer não teve lances de grande dificuldade para assinalar, mas nem por isso assinou uma exibição livre de erros. Aos 30 minutos, poupou Artem Besedin de um cartão amarelo, por falta dura sobre Gilberto, e, aos 55, foi igualmente complacente com David Neres, por ‘pisadela’ sobre Vlad Dubinchak. Pelo meio, Rafa Silva caiu na grande área e pediu penálti por falta de Denys Povo, mas, após consultar o VAR, o juiz nada assinalou.
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