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João Pinheiro defende castigos mais pesados para quem critica arbitragens

O árbitro de futebol João Pinheiro, primeiro classificado das duas últimas épocas, defendeu hoje castigos mais pesados, à semelhança de outros países europeus, para quem faça críticas às arbitragens em Portugal.

PORTO, PORTUGAL - FEBRUARY 27: Joao Pinheiro, the referee during the Liga NOS match between FC Porto and Sporting CP at Estadio do Dragao on February 27, 2021 in Porto, Portugal. Sporting stadiums around Portugal remain under strict restrictions due to th

© Getty Images

Lusa
05/08/2022 21:12 ‧ 05/08/2022 por Lusa

Desporto

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"Incomoda-me ver constantemente a não punição das coisas. Vamos a outros países e, se um treinador ou um dirigente fala mal da arbitragem, é punido com multas pesadas, suspensão ou penas que sejam significativas. Lembro-me do caso do treinador do Arsenal [Mikel Arteta] que foi punido com dois jogos de suspensão e uma multa três dias depois de ter criticado publicamente um árbitro. Não vai deixar de falar, mas, se calhar, pensa duas vezes. [Em Portugal] Falamos de dinheiro que, para eles, é um dia ou uma tarde [de salário]. Continuamos a fazer de conta que as coisas não acontecem. Punimos passados uns meses, depois há recursos e suspende-se esse castigo", apontou, em entrevista à Rádio Universitária do Minho (RUM), no programa 'Rum(o) Desportivo'.

De resto, João Pinheiro lembrou críticas a seu respeito: "Chegaram a dizer que 'este árbitro devia ser preso', como se isso fosse normal".

"Estamos num mundo completamente à parte. Deixei de ver alguns programas televisivos porque aquilo era masoquismo, estava ali a sofrer. As pessoas dizem barbaridades acerca da pessoa, não do árbitro. Dizer que sou incompetente, que sou mau árbitro, que não acerto e não vejo nada, não me incomoda, mas que sou corrupto e que faço as coisas de propósito para beneficiar um ou outro, isso incomoda-me. Enquanto não houver uma punição para isso, as pessoas continuam", lamentou.

João Pinheiro foi o árbitro com melhor classificação atribuída pelo Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol na última época, repetindo o primeiro lugar de 2020/21, prémios que considera serem o "melhor momento" da carreira até hoje.

"Ficar à frente de grandes árbitros, como o Artur Soares Dias, para mim o melhor árbitro português, um árbitro da elite da UEFA, ou Luís Godinho, António Nobre, Fábio Veríssimo, Tiago Martins, Manuel Mota - que é algo desvalorizado por vezes -, temos tantos bons árbitros, é um motivo de orgulho. Tinha o sonho de ser o primeiro classificado, nunca pensei que seria tão cedo, mas agarrei a oportunidade", disse.

João Pinheiro defendeu a necessidade de se "desmistificar" a imagem dos árbitros e, para isso, ser necessário uma maior abertura, com idas a escolas para falar com os alunos ou em entrevistas a meios de comunicação social.

Contudo, questionado sobre se seria benéfico ou prejudicial os árbitros falarem no final dos jogos, como jogadores e treinadores, numa lógica de 'flash-interview' ou até conferência de imprensa, João Pinheiro considerou ser uma pergunta de difícil resposta, lembrando experiências noutros países que "não correram bem", temendo descontextualizações das explicações dos 'juízes'.

O árbitro de 34 anos, da Associação de Futebol de Braga, lembrou, a esse propósito, o facto de, "cada vez mais se falar em as comunicações entre o videoárbitro [VAR] e o árbitro serem públicas, tal como já acontece no râguebi", considerando que isso acontecerá num "futuro muito próximo". 

Estreado em 2017 em Portugal, o VAR veio melhorar "claramente" a verdade desportiva, considerou o árbitro natural de Barcelos.

"Só quem for muito injusto e não for minimamente honesto é que acha que o VAR não veio melhorar as coisas. Tínhamos situações claras em campo que o árbitro não conseguia ver, porque eram lances difíceis. Perfeito não é e nunca vai ser, porque é um homem, e não vai deixar de o ser, que está a ver no VAR", frisou.

João Pinheiro admitiu o "papel fundamental" da nova ferramenta, mas frisou a dificuldade de o exercer.

"Ser VAR não é fácil porque entramos naquela linha de intervenção de saber se um erro é claro e óbvio, ou não. Para 50 pessoas esse erro é claro e óbvio, para outras 50, não é. Aí, entra a grande dificuldade do VAR, porque ele está feito para erros claros e óbvios e não, por assim dizer, para as melhores decisões", referiu.

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