Pablo Sarabia chegou no último mercado de verão a Portugal e, quiçá, pode já estar de saída, uma vez que os valores do internacional espanhol são proibitivos, e mais do que um empréstimo pode levar o cofre do leão a estalar para 'números vermelhos'.

Mas, deixemos o dinheiro de lado e vamos a factos. Sarabia chegou ao Sporting e entrou que nem uma 'luva' no onze de Amorim. Aliás, não só pelos golos e assistências que almejou, como pela maneira como entrou na tripla 'PSP', e a forma como permite aos seus companheiros melhorarem o seu rendimento individual.

O avançado do Paris Saint-Germain é um jogador colectivo, que fala em campo por um  nós, à semelhança do seu treinador. Um elemento que potencia tudo o que está ao seu redor, pelas qualidades que nutre nos pés. Caso parecido ao de Rúben Amorim. Um homem que não joga pelos seus jogadores, mas, cujas ideias leva os seus pupilos a ter um melhor rendimento dentro das quatro linhas.

São dois seres de discurso claro, que não procuram desculpas em pequenas coisas. Dirão que Sarabia, por ser espanhol e vir de outra cultura, mas para Amorim já não colhe essa justificação. O jogo em Portimão terminou, e Rúben pouco demorou em dar os parabéns ao FC Porto e em frisar que os azuis e brancos eram uns justos campeões. Mais do que o eu, estes dois seres olham para um nós, olham para o lado positivo do desporto-rei e ambos olham para o presente com pés na terra, sabendo que amanhã podem ser criticados pelo que fazem dentro do campo, no caso de Sarabia, ou fora dele, na situação de Amorim. Certo é que a partida de um ou outro vão deixar saudades, seja já neste verão ou nos vindouros. À margem disso dizer que o Sporting venceu o Portimonense, por 3-2, no barlavento algarvio, num jogo sem história e sem reflexos na tabela classificativa.

Figura

Pablo Sarabia entrou aos 56 minutos e revolucionou a frente de ataque leonina, marcando dois golos em cinco minutos, e atingindo a cifra dos 20 golos na presente época (temporada mais goleadora da sua carreira).

Surpresa

Tabata faturou o primeiro golo, assistiu para o terceiro e foi sempre um 'cabo das tormentas' para a defesa algarvia. Entrou como 'surpresa' no onze de Rúben Amorim, mas justificou por completo os 84 minutos que esteve em campo.

Desilusão

Longe do fulgor de outros tempos, Palhinha voltou a não rubricar uma exibição nada sorridente, com vários erros cometidos e algumas perdas de bola. Substituído aos 56 minutos por Ugarte, o médio devolveu uma nova consistência à linha intermédia dos leões.

Treinadores

Paulo Sérgio conseguiu ferir o leão em vários momentos do jogo, apesar do domínio verde e branco. Esteve perto de conseguir pontuar diante do ex-campeão, porém a entrada de Sarabia baralhou-lhe as contas. 

Rúben Amorim não tinha tarefa em fácil em motivar os seus pupilos, depois de saber que o FC Porto já se tinha sagrado campeão. A perder 1-2 ao intervalo, operou da melhor forma as substituições e colheu os melhores frutos, nomeadamente com a entrada de Pablo Sarabia.

Árbitro da partida

Algumas dúvidas num lance em que o Sporting ficou a pedir penálti perto do intervalo, porém Rui Costa sai com nota positiva do barlavento algarvio.

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