Neemias Queta colocou o nome de Portugal na NBA, no passado verão, ao tornar-se o primeiro basquetebolista português a morar entre a elite da modalidade nos Estados Unidos.
Com apenas 22 anos, o poste luso, à margem de um evento realizado pela Betclic, patrocinador oficial da Liga de basquetebol masculino e feminino em Portugal, não escondeu que é com enorme agrado que atua nas melhores quadras do planeta Terra.
Questionado pelo Notícias ao Minuto, o desportista dos Sacramento Kings revelou alguns dos rituais que mantém antes dos encontros: “Um dos meus rituais antes dos jogos é fazer uma sesta entre meia a uma hora e meia. Faço isso desde miúdo e antes de cada encontro. Costumo também meditar muito antes de chegar a estes momentos, gosto de me afastar e relaxar um pouco, para me preocupar com o que é mais importante”.
Queta totalizou até ao momento 119 minutos na equipa do estado da Califórnia, em 15 encontros, e não esconde as diferenças entre competir na NCAA (campeonato universitário), G-League ou NBA.
“Na NBA são homens mais crescidos, de corpo já definido, e já sem tanta margem de progressão como na NCAA. Aqui tens mais vontade de trabalhar, porque ainda não sabes o que o futuro te reserva. A tua carreira, neste momento, ainda não está definida”, complementou o atleta de 2,13m e calçado 52, recordando algumas das praxes na chegada aos Kings.
Neemias Queta em ação no campo de basquetebol do Porto de Lisboa© Global Imagens
“Não tive de carregar uma mala cor de rosa da Winx, mas tive de ir ao supermercado comprar comida para levar para os voos. E até acho que fiz um bom trabalho, porque os meus colegas nunca me deram na cabeça”, acrescentou Queta, não esconde ainda o deslumbramento do território a que chegou e que agora também é a sua casa.
“É um pouco surreal estar no meio daquela gente toda. Parece a vida de um filme, mas foi ótimo para mim estar na G-League e a ganhar ritmo, antes de estar na equipa principal. Fui percebendo o que era necessário para disputar um jogo da NBA. Tenho de continuar a trabalhar, afinal ainda tenho uma enorme margem de progressão. O importante é permanecer com os pés bem assentes na terra”, complementou, antes de rematar com o sonho de chegar à seleção A.
“Eu quero fazer muito parte da seleção A e acredito que a curto/médio prazo vamos estar ao mais alto nível na Europa e a competir da melhor forma em Europeus. Vamos lá chegar. O céu é o limite, até porque temos vários jovens a competir ao mais alto nível”.
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