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Notas do Sp. Braga-FC Porto: Dragão sem cultivo de campeão na Horta

Conjunto de Sérgio Conceição somou o primeiro desaire no campeonato e, apesar da confortável distância, pode ter deixado as contas do título num patamar diferente do projetado.

Notas do Sp. Braga-FC Porto: Dragão sem cultivo de campeão na Horta
Notícias ao Minuto

08:00 - 26/04/22 por Miguel Simões

Desporto Análise

O FC Porto escorregou, esta segunda-feira, na deslocação ao reduto do Sporting de Braga, ao ser derrotado por 1-0 e ao somar aquele que foi o primeiro desaire da equipa no campeonato na presente temporada, algo que quebrou também a invencibilidade de 58 jogos consecutivos sem perder na I Liga.

Os dragões até tiveram mais bola ao longo do primeiro tempo, mas foram os minhotos a ameaçar o golo de forma mais flagrante, embora cada uma das duas equipas tenha tido uma bola na barra. Ricardo Horta esteve em destaque e viria a estar ainda mais no segundo tempo.

O regresso dos balneários trouxe um Sporting de Braga mais eficaz e, logo à primeira aproximação, festejou efusivamente o tento certeiro de Ricardo Horta, num contra-ataque que seria finalizado, imagine-se, com a anca.

Sérgio Conceição mexeu na equipa e, face à estratégia do adversário, aproximou-se da baliza de Matheus com o perigo que ainda não tinha conseguido na primeira parte. Contudo, nada se alterou e os minhotos conseguiram mesmo travar a longa série de invencibilidade dos azuis e brancos, que não tiveram cultivo de campeões na Horta bracarense.

Mais do que isso, as contas do título voltaram a mexer, em função do triunfo do Sporting no Bessa (0-3). Eram nove pontos de diferença. Agora são seis. Isto quando faltam nove em disputa. O desfecho, à priori, até pode parecer óbvio, mas o FC Porto terá mais uma deslocação difícil entre os três jogos que tem para realizar, pelo que também esse jogo - caso as coisas não estejam resolvidas até lá - pode baralhar todas as contas.

Vamos, então, às notas da partida.

Figura

Ricardo Horta figurou como a unidade mais esclarecedora do Sporting de Braga, ao acumular as melhores ocasiões para bater Diogo Costa. Uma delas deu mesmo em golo e nem foi com o pé, foi com a anca, contra todas as previsões. Inteligente a ocupar os espaços livres, pressionante sem bola e impetuoso nas tentativas de visar a baliza contrária. Não foi por acaso que apontou o golo 100 da carreira de sénior, interrompendo a longa série de 58 jogos consecutivos dos dragões sem perder no campeonato.

Surpresa

Rodrigo Gomes surpreende, não surpreendendo. Confuso? A mais recente aposta de Carvalhal entre os onze titulares tem demonstrado a razão para que isso tenha acontecido com forte regularidade desde o mês de janeiro. Eficiente no momento de baixar para defender, lúcido nos momentos de transição e desequilibrador quando se aproxima da área contrária, dando maior largura ao estilo de jogo da equipa. Nem se pode dizer que tenha sido a melhor das exibições, mas foi seguramente uma das mais sólidas.

Desilusão

Fábio Vieira esteve muito apagado no jogo da Pedreira. Não deu seguimento a muitas das dinâmicas ofensivas do conjunto azul e branco, teve contacto com a bola menos vezes do que o normal e somou vários duelos individuais perdidos, acabando por se traduzir numa nulidade nas transições da equipa, bem diferente daquilo que costuma efetivamente ser. Daí o estatuto de "desilusão", porque se esperava mais e melhor do jovem do FC Porto, que acabou por sair aos 71 minutos.

Treinadores

Carlos Carvalhal admitiu ter uma estratégia para voltar a derrotar um 'grande' esta temporada, mas também não foi na cantiga do antijogo. Apesar de ter as linhas mais baixas, o conjunto bracarense esteve sempre muito compacto e raras vezes vacilou na missão defensiva. Mesmo lá na frente, saiu em transição quando tinha de ser e construiu a partir de trás quando parecia viável, face ao nível de pressão do adversário. As inteligentes substituições permitiram uma melhor gestão do resultado.

Sérgio Conceição apresentou a equipa, numa fase inicial, à imagem do habitual. Pressionante, lutadora e, por vezes, sufocante na pressão ao adversário. Correu riscos, como sempre, algo que expôs as fragilidades da equipa quando deixava de ter bola. Ainda assim, terá faltado mais alguma coisa na alma da equipa. Descontente com o resultado, optou por uma tripla substituição à hora de jogo para mexer com a partida e, a certo ponto, conseguiu, mas sem efeitos práticos para evitar a primeira derrota do campeonato.

Árbitro

Hugo Miguel protagonizou uma arbitragem razoavelmente segura e sem grandes casos. Os dragões apresentaram motivos de queixa e alegaram que o árbitro estaria condicionado, mas Hugo Miguel não pareceu hesitar nas decisões. O VAR não interveio em nenhum dos dois lances em que os azuis e brancos pediram penálti no primeiro tempo, pelo que a equipa de arbitragem em campo cumpriu dentro do normal.

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