Sérgio Conceição garantiu, este sábado, em conferência de imprensa, que não está preocupado com a possibilidade de o FC Porto vir a bater um recorde de invencibilidade na I Liga. O treinador dos dragões alertou para a importância da partida com o Vitória SC, numa altura em que o final da temporada se aproxima a passos largos.
Jogadores ansiosos com a proximidade do final da época: É exatamente o mesmo ambiente. Toda a gente tem noção de que nos estamos a aproximar do final do campeonato. Não podemos fugir de que, a cada jornada que passa, os jogos começam a ganhar esse peso por tudo. Mas já andamos há alguns anos nisto. Não vale a pena pensar em dois jogos de cada vez, temos de viver no dia a dia, a trabalhar no máximo e a olhar para o futuro próximo, que é o jogo de amanhã.
Terminar o campeonato sem derrotas: O primeiro objetivo é o campeonato, o segundo é a Taça de Portugal.
Confiança em alta após recorde de jogos sem perder: Não penso minimamente nisso. Penso nos três pontos. Não estou a ver os adeptos festejarem nos Aliados um recorde do Sérgio Conceição. Eles querem lá saber. Querem é ganhar o campeonato. É assim que pensamos. Não estou aqui com falsas modéstias, já digo há algum tempo que o que vale é o próximo jogo, com três pontos importantes. É mais uma final. Os jogos vão ganhando uma dimensão ainda maior, porque depois sobra menos tempo para recuperar desses mesmos pontos. O nosso foco é esse. Aliás, se perguntar que não falem... Não faz sentido nenhum, até porque, depois, havendo recorde e não havendo títulos para o clube, esse recorde fica nulo, não serve. O nosso foco é, amanhã, ganhar em Guimarães, num jogo extremamente difícil, num Clássico sempre muito competitivo e fervoroso. É essa inteligência emocional que temos de ter no jogo. Cada um compreende as suas tarefas no limite. Somos uma equipa forte e estamos mais perto de ganhar. Sei que estamos a jogar bem, mas jogar bem é estar sempre assente numa base em que a equipa tem de ter uma grande capacidade de agressividade e intensidade.
Zaidu e Taremi no Ramadão: Sou um católico praticante e também faço o jejum. Estou numa altura em que o faço, porque estamos na Quaresma. Ontem, em jejum, fiz 20 quilómetros a correr. Não senti falta nenhuma. Há valores que se levantam e situações que passam para lá daquilo que é a falta momentânea de algum tipo de substância. Temos um departamento médico onde se inclui, na minha opinião, o melhor nutricionista do mundo, que é o Vítor Hugo. Não só pela qualidade humana que tem, mas também pela profissional, que é fantástica. Obviamente, estamos atentos a isso. Antes de começar o Ramadão, foi feita uma palestra para todo o grupo, até para o ajuste de alguns horários em função dos jogadores que o praticam. Está tudo planeado. Não é pelo Ramadão que o Zaidu, o Taremi ou o Dembélé, que também o faz, estarão menos disponíveis para dar o seu contributo à equipa (...). Estarão a mil por cento, o que não quer dizer que vão jogar.
Impacto da ausência de Uribe: Temos de perceber, primeiro, qual é o jogador que está preparado, já, para entrar na equipa. Dentro das caraterísticas dos jogadores que temos à disposição para formar o onze, tem de haver uma harmonia entre eles. Estamos a falar do corredor central e do setor intermédio, e temos de arranjar soluções para que a ausência de Matheus, naquilo que é o trabalho com e sem bola, não se note. É trabalho da equipa técnica, e o trabalho foi feito. Confiança total em todos os jogadores. Confiança total em como quem vai jogar vai dar uma resposta positiva.
Grujic no lugar de Uribe: Compreendo a curiosidade. Achei interessante o debate que houve durante a semana, ouvi opiniões com que estive de acordo, e algumas com qualidade, com soluções que, às vezes, até me estavam a passar. Há várias soluções. Obviamente que os jogadores querem que os jogadores estejam todos disponíveis. Não estando o Matheus, estará outro. Pode estar Grujic, claro que sim. É um jogador que conhece a posição, com caraterísticas diferentes do Matheus. Temos o Stephen Eustáquio, também, que o pode fazer. Temos o Otávio, que pode passar por lá. Num meio-campo diferente, posso optar por um outro jogador, com caraterísticas diferentes, mais ofensivas. Há várias opções, sabendo que o Matheus, não sendo um jogador espetacular ao olho do adepto, é um espetáculo de jogador. É dos tais que faz um trabalho incrível para suportar o talento e a qualidade da equipa na hora de fazer golos e de criar situações. Não havendo um outro Matheus, há jogadores de grande valia, com caraterísticas diferentes. Cabe-me encaixá-los para não se notar essa ausência.
Vitória SC: Vai ser um jogo competitivo, independentemente dos treinadores que estiverem à frente e dos jogadores que estiverem em campo, porque, historicamente, é sempre um jogo difícil. O Vitória pode não estar tão bem no campeonato, noutros anos, mas, este é um jogo em que vem sempre acima o fervor e a paixão dos adeptos de um lado e de outro. Estamos habituados a um jogo difícil. Vamos apanhar um Vitória num bom momento, com jogadores interessantes, com um treinador que tem feito um percurso interessante. Resta-nos saber dessas mais-valias do adversário e perceber que também temos a qualidade e a valia para ir a Guimarães ganhar o jogo, que é o que queremos. Não penso noutra coisa. Isto é importante para a preparação do jogo, para a análise do adversário. Muito do trabalho é sobre a nossa equipa e sobre o que temos de fazer para ir buscar os três pontos.
Antevisão
Líder isolado da I Liga, com seis pontos de vantagem sobre o Sporting, o FC Porto desloca-se, este domingo, ao estádio D. Afonso Henriques, onde terá pela frente o Vitória SC.
Antes disso, este sábado, Sérgio Conceição irá passar pela sala de imprensa do complexo do Olival, onde irá antever a partida da 29.ª jornada do campeonato português.
Fique com o Desporto ao Minuto e acompanhe, a partir das 12h00 (hora de Portugal Continental), a conferência de imprensa do treinador dos dragões.
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