A goleada europeia sofrida a meio da semana frente ao Manchester City em jogo da Liga dos Campeões parece já ser passado. Na ressaca da derrota milionária, o Sporting venceu e convenceu, este domingo, na receão ao Estoril, num jogo que os leões tiveram sempre controlado.
Em momentos diferentes de forma, já que os canarinhos vinham de uma vitória na última ronda, depois de uma série de sete encontros sem vencer, o Sporting sabia que estava proibido de perder pontos, sob pena de deixar o FC Porto escapar ainda mais na liderança.
Mesmo sem os habituais titulares Seba Coates e João Palhinha, nem Ricardo Esgaio e Tabata, os campeões nacionais controlaram desde cedo o encontro, isto apesar o Estoril ter tentado, por uma vez ou outra, surpreender a baliza à guarda de Adán.
A curta vantagem ao intervalo, alcançada com o regresso aos golos de Pote, e que resultou de um lance em que Dani Figueira não ficou nada bem na fotografia, era justa. O caminho para a vitória tranquila que se registou ficou escancarado com a expulsão do ex-Sporting de Braga Raúl Silva, recrutado pelo Estoril neste mercado de inverno, que esteve em campo quatro minutos.
A diferença numérica acentuou a superioridade do Sporting, com os leões a chegarem ao segundo golo aos 76 minutos, numa jogada concretizada por Matheus Reis, que marcou em Alvalade pela segundo jogo segundo. O golo da noite estaria reservado para os minutos finais. Aos 81 minutos, e num grande momento de espetáculo, Sarabia fletiu para dentro e armou um remate em arco sem hipóteses de defesa para Dani Figueira.
Mas vamos às notas deste encontro:
Figura:
Pablo Sarabia já é um habitué nestas andanças do melhor em campo. Fez uma obra de arte a encerrar a noite em Alvalade, e é dele o remate mal defendido por Dani Figueira e que termina no golo de Pedro Gonçalves. É um jogador de grande qualidade
Surpresa:
Que grande evolução tem tido Matheus Reis. Tem sido o defesa mais consistente dos verde e brancos nos últimos jogos e voltou a ser premiado com um golo, o segundo seguido em Alvalade. É uma peça cada vez mais influente nos leões.
Desilusão:
Exibição desastrosa de Raúl Silva. Menos de dois minutos depois de ter entrado acabou por ir tomar banho mais cedo. É certo que não existiu maldade no lance, mas talvez o central tenha sido penalizado pelo registo de pouco prudente que o acompanha.
Treinadores:
Rúben Amorim: Apesar das ausências de alguns habituais titulares, as peças que o técnico colocou em campo responderam da melhor maneira. A vantagem ao final da primeira parte era justa, e a expulsão no segundo tempo abriu caminho para a confirmação do que já se previa: uma noite calma.
Bruno Pinheiro: Faltou iniciativa de jogo aos estorilistas. Jogadores como André Franco e Arthur Gomes estiveram um pouco escondidos. Os canarinhos tiveram sempre um bloco mais baixo, que foi capaz de travar o ímpeto dos leões no primeiro, mas a expulsão de Raúl Silva deixou a equipa desprotegida a nível defensivo e o Sporting acabou por aproveitar.
Arbitragem:
Duas partes diferentes para Hélder Malheiro. O primeiro tempo tranquilo deu lugar a uma etapa complementar algo atabalhoada. Começou a distribuir muitos amarelos, o que contribuiu para que a partida descesse de qualidade. Fez bom uso do VAR para decidir a expulsão de Raúl Silva.
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