Análise ao encontro: Num campo tradicionalmente difícil para nós, nos últimos cinco anos tivemos dificuldade em vencer aqui. Um adversário que, sempre que começou com 11 jogadores, perdeu apenas por uma vez por dois golos de diferença. O Belenenses tenta tudo para meter a cabeça de fora da zona de aflição da tabela. O Belenenses entrou com uma agressividade fortíssima, tivemos dificuldade em perceber como devíamos reagir a isso. Sofremos um golo a abrir, até aos 25 minutos tivemos dificuldade em encontrarmo-nos. Depois disso, foi sempre a crescer. Percebemos, na segunda parte, onde teríamos e espaço e poderíamos ferir o adversário. Fizemos mais golos e traduz o que se passou no campo.
Expulsão ajudou o FC Porto: Sim, mas as regras são para cumprir. Esse problema não nos diz respeito. A falta acontece porque tentam travar jogadores de enorme talento. O Fábio Vieira percebe o jogo como poucos percebem. Vê, nestes momentos, um espaço onde pode representar a máxima criatividade e depois provoca comportamentos nos adversários como aquele que vimos.
Entrada de Francisco Conceição: Quem entrou em jogo, entrou muito bem. O Francisco Conceição tem capacidade de ser um acelerador nato, com bola cria sempre muitas dificuldades, é irreverente, que não se esconde, procura momentos de um contra um. Dói-nos na pele quando temos de mexer. Quando alguém sai numa primeira parte é sempre duro para o treinador. Já tinha acontecido isto com o Bruno Costa, em Alvalade. Foi titular e saiu na primeira parte. Ele merece uma palavra nossa, pois tem sido um profissional exemplar. No balneário, vivemos de relações, de empatia, sinergias fortes e os colegas percebem que o Bruno merece uma palavra nossa. Foi duro ter de o substituir na primeira parte.
Campeonato discutido a dois: Parece-me uma falsa questão. É legítima a questão porque a distância começa a alargar-se para quem vem em terceiro [Benfica]. Temos exemplos recentes que nos dizem que temos de estar sempre alerta. Da mesma forma que escalamos para exibições fortes, também podemos cair a pique. Basta uma semana, um jogo. É tudo ténue. Não podemos deslumbrar-nos com o que acontece.
Leia Também: "Não posso dizer aos jogadores para tirar o pé para ninguém ser expulso"