Corona escapou, mas jogadores em fim de contrato são pesadelo no Dragão
Corona é o mais recente jogador que os azuis e brancos perdem no último ano de contrato, numa novela que se tem repetido de forma incessante nos últimos anos.
© Sevilla FC
Desporto Análise
A saída de Jesús Corona do FC Porto para o Sevilla, nos últimos seis meses de contrato do mexicano com os azuis e brancos, vem acentuar uma tendência que se tem tornado quase um 'habitué' no reino do Dragão nos últimos anos.
É certo que os portistas vão receber uma compensação financeira com a mudança de Corona para o emblema da Andaluzia (cerca de três milhões de euros), mas é uma quantia residual se olharmos para o valor investido na sua contratação ao Twente (10,5 milhões de euros em 2015/16), e também tendo as abordagens que o FC Porto teve, anteriormente, para vender o mexicano nos últimos anos.
Sem desejo de renovar contrato com o clube da cidade Invicta e com vontade de procurar uma nova aventura, Corona rumou a Sevilha e ainda deixou algum dinheiro nos cofres do FC Porto no último ano de contrato, situação que não aconteceu com outros craques, que deixaram os azuis e brancos sem qualquer tipo de compensação financeira.
Brahimi, Herrera ou Reyes são os exemplos mais recentes
Nos últimos anos, a direção do FC Porto tem-se visto a braços com o que se pode chamar de uma 'debandada' de vários dos seus ativos, alguns deles com muito mercado, a deixarem o clube a custo zero, o que tem representado largos milhões de euros que não entraram nos cofres dos portistas.
Tudo começou na temporada 2017/18. Nessa época, o FC Porto viu sair Diego Reyes e Iván Marcano com o passe na mão. Depois de cinco anos ligado aos azuis e brancos, o mexicano, com 24 aparições e três golos marcados, foi para o Fenerbahçe a custo zero, depois de terem investido cerca de 7 milhões de euros na contratação do defesa ao América. O espanhol, que entretanto voltou ao Dragão, mudou-se a custo zero para a AS Roma, depois de um investimento de 2,65 milhões de euros na sua contratação.
Já a época 2018/2019 foi de grandes perdas financeiras para o FC Porto, com quatro jogadores a saírem a custo zero no final dos respetivos contratos, dois deles pilares da equipa. O caso mais gritante é, certamente, o de Brahimi. Tido por muitos como um dos jogadores mais criativos dos dragões nos últimos anos, o argelino rumou a custo zero ao Al-Rayyan, clube onde ainda se encontra, depois de ter ingressado no Dragão em 2014, proveniente do Granada, e que representou um investimento de 6,5 milhões de euros.
No final da mesma época, o capitão Héctor Herrera mudou-se para o Atlético Madrid com o passe na mão, isto depois de se ter assumido como um dos jogadores-chave para o esquema montado por Sérgio Conceição. Tinha chegado ao Dragão em 2013 a troco de 11 milhões de euros.
Menos utilizados, mas que também significaram perdas económicas para a equipa da Invicta, foram Hernâni e Adrián López. O FC Porto pagou 2,9 milhões de euros ao Vitória SC pelo extremo em 2015, que nunca vingou no Dragão, e o jogador decidiu deixar a equipa no verão de 2019, assinando pelo Levante. Já o avançado espanhol, pedido expresso de Julen Lopetegui, custou 11 milhões de euros aos portistas, que compraram 60 por cento do seu passe, e deixou a Invicta com quatro golos marcados em 52 jogos disputados.
Mbemba pode ser o próximo a sair a custo zero
As duas últimas épocas representaram perdas na frente de ataque azul e branco. Primeiro foi Vicent Aboubakar que, em 2019/20, rumou ao Besiktas a custo zero, depois de o FC Porto ter pago ao Lorient 12,3 milhões de euros. Já na época seguinte, Moussa Marega, homem-golo dos dragões, mudou-se para o Al Hilal de forma livre, depois de ter custado cerca de 4 milhões aos cofres dos dragões.
Feitas as contas, foram mais de 57 milhões de euros de investimento em jogadores que acabariam por sair a custo zero, nada abonatório para um clube que, nas últimas épocas, tem estado sob alçada do fair-play financeiro da UEFA. Mas o leque não termina aqui, uma vez que Mbemba também está em final de contrato e ainda não renovou. O central, pedra basilar nas últimas épocas, custou 4,6 milhões de euros quando foi comprado ao Newcastle no verão de 2018.
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