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Corona escapou, mas jogadores em fim de contrato são pesadelo no Dragão

Corona é o mais recente jogador que os azuis e brancos perdem no último ano de contrato, numa novela que se tem repetido de forma incessante nos últimos anos.

Corona escapou, mas jogadores em fim de contrato são pesadelo no Dragão
Notícias ao Minuto

08:05 - 15/01/22 por Rodrigo Querido

Desporto Análise

A saída de Jesús Corona do FC Porto para o Sevilla, nos últimos seis meses de contrato do mexicano com os azuis e brancos, vem acentuar uma tendência que se tem tornado quase um 'habitué' no reino do Dragão nos últimos anos.

É certo que os portistas vão receber uma compensação financeira com a mudança de Corona para o emblema da Andaluzia (cerca de três milhões de euros), mas é uma quantia residual se olharmos para o valor investido na sua contratação ao Twente (10,5 milhões de euros em 2015/16), e também tendo as abordagens que o FC Porto teve, anteriormente, para vender o mexicano nos últimos anos.

Sem desejo de renovar contrato com o clube da cidade Invicta e com vontade de procurar uma nova aventura, Corona rumou a Sevilha e ainda deixou algum dinheiro nos cofres do FC Porto no último ano de contrato, situação que não aconteceu com outros craques, que deixaram os azuis e brancos sem qualquer tipo de compensação financeira.

Brahimi, Herrera ou Reyes são os exemplos mais recentes

Nos últimos anos, a direção do FC Porto tem-se visto a braços com o que se pode chamar de uma 'debandada' de vários dos seus ativos, alguns deles com muito mercado, a deixarem o clube a custo zero, o que tem representado largos milhões de euros que não entraram nos cofres dos portistas.

Tudo começou na temporada 2017/18. Nessa época, o FC Porto viu sair Diego Reyes e Iván Marcano com o passe na mão. Depois de cinco anos ligado aos azuis e brancos, o mexicano, com 24 aparições e três golos marcados, foi para o Fenerbahçe a custo zero, depois de terem investido cerca de 7 milhões de euros na contratação do defesa ao América. O espanhol, que entretanto voltou ao Dragão, mudou-se a custo zero para a AS Roma, depois de um investimento de 2,65 milhões de euros na sua contratação.

Já a época 2018/2019 foi de grandes perdas financeiras para o FC Porto, com quatro jogadores a saírem a custo zero no final dos respetivos contratos, dois deles pilares da equipa. O caso mais gritante é, certamente, o de Brahimi. Tido por muitos como um dos jogadores mais criativos dos dragões nos últimos anos, o argelino rumou a custo zero ao Al-Rayyan, clube onde ainda se encontra, depois de ter ingressado no Dragão em 2014, proveniente do Granada, e que representou um investimento de 6,5 milhões de euros.

No final da mesma época, o capitão Héctor Herrera mudou-se para o Atlético Madrid com o passe na mão, isto depois de se ter assumido como um dos jogadores-chave para o esquema montado por Sérgio Conceição. Tinha chegado ao Dragão em 2013 a troco de 11 milhões de euros.

Menos utilizados, mas que também significaram perdas económicas para a equipa da Invicta, foram Hernâni e Adrián López. O FC Porto pagou 2,9 milhões de euros ao Vitória SC pelo extremo em 2015, que nunca vingou no Dragão,  e o jogador decidiu deixar a equipa no verão de 2019, assinando pelo Levante. Já o avançado espanhol, pedido expresso de Julen Lopetegui, custou 11 milhões de euros aos portistas, que compraram 60 por cento do seu passe, e deixou a Invicta com quatro golos marcados em 52 jogos disputados.

Mbemba pode ser o próximo a sair a custo zero

As duas últimas épocas representaram perdas na frente de ataque azul e branco. Primeiro foi Vicent Aboubakar que, em 2019/20, rumou ao Besiktas a custo zero, depois de o FC Porto ter pago ao Lorient 12,3 milhões de euros. Já na época seguinte, Moussa Marega, homem-golo dos dragões, mudou-se para o Al Hilal de forma livre, depois de ter custado cerca de 4 milhões aos cofres dos dragões.

Feitas as contas, foram mais de 57 milhões de euros de investimento em jogadores que acabariam por sair a custo zero, nada abonatório para um clube que, nas últimas épocas, tem estado sob alçada do fair-play financeiro da UEFA. Mas o leque não termina aqui, uma vez que Mbemba também está em final de contrato e ainda não renovou. O central, pedra basilar nas últimas épocas, custou 4,6 milhões de euros quando foi comprado ao Newcastle no verão de 2018.

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