Quem assistiu apenas aos últimos minutos da vitória do Sporting frente ao Famalicão (2-1), registada de terça-feira, dificilmente imaginaria que os leões foram donos e senhores da noite em Alvalade. Ugarte abriu cedo as contas no marcador e Nuno Santos (61') ampliou a vantagem pouco depois da hora de jogo num embate de sentido único... até aos descontos.
O Famalicão esperou por esse momento para atacar com tudo os leões e quase assinava um inesperado empate. Heriberto relançou a partida aos 90'+2 e no minuto seguinte o o conjunto famalicense voltou mesmo a marcar, mas Riccieli estava... em fora de jogo.
Foi, assim, apenas um susto para o Sporting de Rúben Amorim que fica a um empate de voltar a marcar presença na final four e defender o atual título da Taça da Liga.
Vamos aos destaques.
A figura
Manuel Ugarte aproveitou a oportunidade concedida por Rúben Amorim, que assumiu que ia rodar a equipa, e mostrou serviço apesar de não ter feito um jogo brilhante. Marcou o golo que desbloqueou o jogo bem cedo e assinou vários pormenores que deram segurança e solidez à equipa no momento defensivo e circulação rápida no momento ofensivo. Com tanta concorrência no meio-campo, dificilmente o médio uruguaio conquistará um lugar como habitual titular, mas a verdade é que não desiludiu e correspondeu àquilo que lhe era pedido.
A surpresa
Nuno Santos foi das unidades com melhor rendimento ao longo de todo o jogo. Situado no flanco, o ala do Sporting nunca perdeu o ritmo e foi uma dor de cabeça constante para quem defendia. Assinou o segundo golo dos leões e saiu, pouco depois, para o merecido descanso.
A desilusão
Jovane Cabral assinou uma pré-temporada que fazia antever a sua melhor forma, mas voltou a estar vários furos abaixo do esperado. Deu muito trabalho aos jogadores do Famalicão, mas raramente conseguiu desequilibrar e criar lances de perigo no último terço do terreno. Foi o primeiro jogador a ser substituído por Amorim e não escondeu a desilusão por não ter aproveitado a oportunidade.
Treinadores
Rúben Amorim
Nota máxima para a forma como Rúben Amorim geriu a equipa para esta fase da Taça da Liga. Deixou Feddal e Matheus Nunes no banco de suplentes no jogo anterior a pensar neste duelo com o Famalicão e deu oportunidades aos menos utilizados. Estratégia mais do que acertada. O Sporting apresentou-se com frescura física e fiel ao seu estilo de jogo. Nos minutos finais não deixou de lançar os 'pesos pesados' para segurar o jogo, mas não se livrou de um susto nos descontos. Diz que conta com todos e prova, de facto, que conta mesmo.
Ivo Vieira
Também operou algumas alterações na equipa, por força do desgaste físico, mas o Famalicão podia ter saído para o intervalo com uma desvantagem mais pesada. Mexeu no início da segunda parte e a equipa melhorou a olhos vistos. Nos descontos, não teve medo de arriscar tudo e quase conseguia um milagroso empate.
O árbitro
Ponto prévio: nesta fase de grupos da Taça da Liga não há VAR. Também por aqui se explique que Manuel Mota tenha tido uma noite para esquecer em Alvalade. Na primeira parte não assinalou uma grande penalidade que poderia colocar o Sporting a vencer por dois golos e ao longo do jogo foi somando vários erros de ordem disciplinar.
No lance do golo anulado ao Famalicão, seguiu a indicação do auxiliar e a decisão foi a correta. Riccieli estava em fora de jogo.
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