A poucas horas do sempre intenso clássico entre Barcelona e Real Madrid, Gerard Piqué concedeu este domingo uma extensa entrevista ao jornal El País, na qual analisou a saída de Lionel Messi no último verão.
O internacional espanhol admitiu que Messi era muito importante em campo, mas assinalou também que a situação financeira do clube não é a melhor.
"Nunca imaginámos que pudesse ir embora. Claro que é difícil ver sair o melhor jogador da história do clube. Ainda assim, era um momento que iria acontecer. É importante ver como o clube reage. O Real Madrid, quando viu Ronaldo sair, também passou uma época em que não marcava golos. Vivemos com Messi durante muito tempo e agora temos que encontrar novas referências", começou por dizer Piqué.
"O problema é que o Leo deu tudo. Há jogadores que te dão golos, outros no um para um, outros que passam, que se desmarcam... O Messi faz isso tudo. Um clube tem de que encontrar muitos jogadores que dão à equipa aquilo que apenas um jogador dava", prosseguiu, falando depois das questões financeiras que obrigaram à saída de Messi.
“Eu entendo os números, mas a questão do fair play é difícil para mim entender. Sentei-me com o presidente e é claro que tive de chegar um acordo porque senão você não podíamos inscrever uma transferência. E eu acho que se o contrato do Messi fosse renovado, os números ficariam muito complicados. Não sei se era viável ou não com todos a fazer um esforço monumental. Não tenho essa informação", acrescentou.
Questionado sobre a altura em que se irá reformar, Piqué deixou a garantia de que não se quer retirar do futebol profissional como suplente.
"Vou retirar-me no Barcelona, isso é certo. O quê não vou aceitar é me reformar-me como substituto. Se forem os últimos três meses de uma temporada e for a minha vez, tudo bem. Mas um ano inteiro no banco? Não, não estou com vontade", finalizou.