Análise: Se com onze não é fácil jogar contra uma equipa como o FC Porto, com dez é muito mais difícil. Entrámos muito bem. Tínhamos claro que não queríamos que acontecesse o que nos aconteceu no ano passado, quando, nos primeiros dez ou 15 minutos, não nos deixaram sair do nosso campo. A ideia era sermos nós a jogar no campo contrário. Não o estávamos a fazer mal no início do jogo. Foi assim que conseguimos fazer o golo. Mas, a partir da expulsão, tudo mudou. Já tínhamos cometido um erro no primeiro golo.
O FC Porto é uma equipa forte na pressão, pelo que não podíamos jogar pelo meio, mas, no primeiro golo, cometemos esse erro. Depois, com a expulsão, houve um segundo erro. Apesar de sermos capazes de jogar desde trás, acreditávamos que não era jogo para isso. Era jogo para jogar mais direto. O segundo golo veio ao perdemos a bola. A partir daí, tentámos jogar, mas era difícil chegar lá (...). Quando íamos fazer as alterações, surgiu o terceiro golo, e pronto. Não é fácil entrar com um resultado adverso.
Demorou a mexer na equipa: Eles estavam a dar largura à equipa com João Mário e Luis Díaz, pelo que tínhamos dificuldade em jogar de fora para dentro. Por isso, pedi para jogarem em 4x4x1 e defender quando tivéssemos apoio. Estávamos a defender bem e sabia que, numa transição, era possível fazer golo.
Sinais positivos: A equipa, se teve alguma coisa, foi intensidade, compromisso, determinação, solidariedade... A partir daí, sabemos que este é o caminho. O caminho é muito longo. Agora, temos de preparar bem o Arouca e fazer com que o luto não dure mais de 24 horas.