A Torcida Verde publicou, ao início da tarde desta terça-feira, um extenso texto nas redes sociais, no qual relata como se procedeu o ataque de que foi alvo na véspera, nas imediações do estádio de Alvalade, por elementos, alegadamente, ligados aos Diabos Vermelhos.
A claque do Sporting explica que os incidentes tiveram lugar após a gravação de um vídeo "durante várias horas", quando "uma horda criaturas desenfreadas irrompe de dois automóveis e um motociclo" para atacar os militantes que se encontravam a "acondicionar o materiais e fazer a habitual limpeza do espaço contíguo à sede".
"Envolvidos na recolha dos materiais, a presença fulminante daquela horda de camuflados e de seus zurros de ódio, no imediato não surtiu qualquer reacção em nós, de tão grotesca e inaudita. O que se seguiu é impublicável, tal a sua infame natureza. Não escondemos que poderia ter ocorrido uma ou diversas fatalidades", pode ler-se.
A Torcida Verde sublinha que os autores destes atos não foram "adeptos de qualquer clube desportivo, até porque se apresentaram heroicamente travestidos, como forma de se camuflarem", mas sim "meros idiotas úteis, lacaios com trela, telecomandados por um qualquer guru fundamentalista comodamente instalado no conforto de um dos veículos participantes naquela heróica acção, enquanto seus discípulos mostravam serviço".
"Terão sido seduzidos, conscientemente para uma aventura, qual ritual de iniciação tribal perante seus donos como forma de afirmação dentro da pandilha. Um bizarro elevador social no qual a caça em matilha exige a 'conquista' de troféus de caça para poderem exibir no admirável mundo virtual, onde imaginam poder continuar escondidos no anonimato de falsos perfis, vegetando e chafurdando em seus ódios e frustrações", atira.
A terminar, a Torcida Verde destaca "a 'sofisticação' e o 'planeamento' de tal 'operação', na qual foram mobilizados 'batedores de reconhecimento do terreno', serviços de informações, e por aí fora capazes de fazer corar muitos dos saudosistas da PIDE ou da GESTAPO".
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