Apesar de uma primeira parte menos conseguida, o Benfica 'acordou' a tempo e conseguiu ainda golear o Portimonense, por 5-1, em jogo da 28.ª jornada da I Liga.
Os encarnados regressaram assim ao 3.º lugar da tabela após os golos de Pizzi, Darwin, Everton e Seferovic (2).
Donos de uma eficácia tremenda - cinco golos num total de seis remates em direção à baliza -, o Benfica ainda tremeu. Beto, uma das maiores ameaças do Portimonense à baliza de Helton inaugurou o marcador aos 43 minutos. Antes do intervalo, Pizzi fez o empate e no segundo tempo acabou por haver chuva de golos do clube da Luz.
Vamos, então, a algumas notas deste jogo.
Figura
Está na melhor forma da época. Haris Seferovic bisou na partida, com dois belos golos, e já leva 18 no campeonato, sendo atualmente o melhor marcador da prova. Foi o jogador mais rematador do Benfica e também aquele que mais aproveitamento teve. É, sem dúvida, o homem golo desta equipa e melhorou da 1.ª para a 2.ª parte com a entrada de Darwin.
Surpresa
Por falar em Darwin Núñez é do uruguaio que falaremos agora. O uruguaio repetiu a dose da 1.ª volta e marcou novamente ao Portimonense. Entrou para a segunda parte, mostrou confiança e a qualidade natural veio ao de cima. Darwin é um jogador diferenciado, completo e que com a cabeça no lugar certo tem tudo para ser influente numa equipa de topo. Marcou, combinou bem com Seferovic, e ajudou a sua equipa a vencer.
Desilusão
Weigl não foi a jogo para assistir ao nascimento da filha e Gabriel saltou para o onze titular. O médio brasileiro tinha uma boa oportunidade para mostrar serviço, mas foi um dos elementos menos inspirados na 1.ª parte. Lento na circulação de bola, Gabriel também não ficou muito bem no vídeo do primeiro golo, onde não conseguiu parar Aylton Boa Morte, que assistiu Beto.
Treinadores
Paulo Sérgio
Esperava-se um Portimonense mais aguerrido. No final do encontro, o técnico dos algarvios assumiu as culpas pela pesada derrota. O Portimonense não sofria cinco golos a jogar em sua casa há mais de três anos. O resultado acabou por ser pesado por culpa própria.
Jorge Jesus
Voltou a apostar num sistema de três centrais e se num primeiro tempo não resultou, no segundo não se pode dizer o mesmo. O treinador do Benfica lançou Darwin para os segundos 45 minutos, retirou Gabriel, e a equipa pareceu outra. Mais fluída ofensivamente, é caso para dizer que o segredo deste encontro esteve no banco e nesta opção fundamental de Jorge Jesus.
Árbitro, Artur Soares Dias
Atuação segura e que passou ao lado do jogo. Impôs o seu critério desde cedo e não contou com lances polémicos durante os 90 minutos em Portimão. Nota positiva.