Jesus quis fazer igual, mas tudo foi diferente. As notas do Benfica-Gil
Águias foram derrotadas em casa e contas do campeonato podem ter ficado muito mais complicadas.
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Desporto Análise
Este sábado, o Benfica perdeu pela segunda vez na Luz para o campeonato. Frente ao Gil Vicente, as águias foram derrotadas por 1-2 e podem ter complicado as hipóteses de chegar até mesmo ao segundo lugar.
Já o Gil Vicente atravessa a melhor fase da temporada. Nos últimos cinco jogos, venceu quatro deles. Para já, a equipa de Ricardo Soares soma 31 pontos em 27 jornadas, algo que se traduz no melhor desempenho dos gilistas nas últimas 9 edições do campeonato.
Além disto, a formação de Barcelos interrompeu também a melhor fase da época do Benfica. A equipa da Luz voltou a sofrer golos oito jogos depois, e voltou a conhecer o sabor da derrota, após seis vitórias consecutivas para a I Liga.
Num jogo onde o Benfica entrou apático, o Gil Vicente, que entrou muito bem na Luz, aproveitou para surpreender e marcar primeiro. Os gilistas estiveram melhor nos primeiros 45 minutos e na segunda parte ainda tiveram a eficácia necessária para sair do reduto do adversário com os três pontos.
Figura
Leáutey e Laurency marcaram os golos da vitória, mas foi Pedrinho um dos motores deste Gil Vicente. Assumiu o jogo desde cedo e foi um verdadeiro distribuidor de jogo. Se os gilistas fizeram a partida que fizeram, muito se deve ao trabalho do médio que encheu o meio-campo. Bem no capítulo do passe curto, como no passe longo e foi dos pés de Pedrinho que nasceu o primeiro e grande golo deste encontro.
Surpresa
Se houve um jogador que tentou agitar o jogo de uma equipa do Benfica apática, esse jogador foi Diogo Gonçalves. Longe de ter uma exibição de encher o olho, o lateral encarnado fez o suficiente para se destacar como o mais esforçado do onze que Jesus escalou para a partida. Ofensivamente fez vários cruzamentos, uns melhores que outros, é certo, mas alguns deles podiam mesmo ter dado em golo.
Desilusão
Depois de fazer dois golos e duas assistências frente ao Paços de Ferreira, Haris Seferovic parecia um jogador completamente diferente. Foi o jogador que teve as melhores ocasiões do Benfica e mostrou uma falta de eficácia tremenda em frente à baliza. Se já salvou a sua equipa em alguns jogos, diante do Gil Vicente deixou muito a desejar.
Treinadores
Jorge Jesus
Se olharmos para a ficha de jogo do encontro frente ao Paços e desta partida diante do Gil Vicente vemos que o onze escolhido por Jesus foi o mesmo. No entanto foram duas exibições completamente distintas. O 3x5x2 utilizado desde o primeiro minuto mostrou-se ineficaz perante um Gil Vicente que tinha a lição bem estudada. Entrar no último terço do terreno pareceu uma tarefa hercúlea para os encarnados. Ao intervalo mexeu bem e a equipa melhorou. Ainda assim exigia-se mais num jogo em casa.
Ricardo Soares
Muita organização, não só defensiva, e consistência, o que foi mérito do treinador da equipa de Barcelos. Provavelmente ninguém esperava um Gil Vicente mais subido no terreno desde início e essa premissa tenha talvez feito a diferença. Se o Benfica pouco chegou à baliza adversária no primeiro tempo muito se deve à estratégia inicial de Ricardo Soares.
Fábio Veríssimo
Critério apertado no que à mostragem de cartões diz respeito. Permitiu muitas paragens no jogo, o que acabou por ser mau para o espetáculo, merecendo também algumas críticas no final da partida por parte do técnico do Benfica, Jorge Jesus.
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