Arsène Wenger concedeu, esta terça-feira, uma extensa entrevista à estação televisiva britânica beIN Sport, onde defendeu uma autêntica 'revolução' no futebol mundial, começando desde logo pela forma como os calendários são estabelecidos.
O antigo treinador do Arsenal e atual membro da estrutura da FIFA recordou a passagem pelo Nagoya Grampus Eight, e disse encarar como "um sonho" a hipótese de implantar o modelo japonês em todo o planeta.
"Jogávamos de março a novembro, e era perfeito. Não havia mais 'Ganhámos o campeonato na época 2018/19. Não, o campeonato era ganho em 2018 ou 2019, e em 2020. Na verdade, também acredito que temos de reorganizar completamente o calendário", afirmou.
"Na FIFA, estamos a tentar reunir com todos os 'stakeholders' da modalidade para reorganizar completamente o calendário anual, porque temos que planear um futuro em que poderemos ter que viajar menos", acrescentou.
Arsène Wenger defendeu, ainda, a abolição de "competições paralelas", como é o caso da Liga das Nações, de forma a que apenas sejam organizadas "competições com significado", como os Campeonatos da Europa e do Mundo.
"Se olharem para os Mundiais, normalmente a média de idades é de 27 ou 28 anos. Uma vez que o Mundial é de quatro em quatro anos, há muito poucas hipóteses de o conquistar novamente, porque, no seguinte, já têm 32 ou 33 anos. É por isso que, se calhar, deveríamos organizar o Mundial a cada dois anos", rematou.
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