O Benfica regressou, esta segunda-feira, aos triunfos fora de casa na I Liga. Desde dezembro de 2020 que as águias não venciam fora do seu reduto e nesta 22.ª jornada derrotaram o Belenenses SAD por 3-0.
Esta foi também a terceira vitória consecutiva do conjunto orientado por Jorge Jesus, algo que também não acontecia desde dezembro passado.
Seferovic (2) e Lucas Veríssimo marcaram os golos do triunfo encarnado, que acabou por desenhar-se em apenas 10 minutos. Duas partes distintas marcaram este encontro no Jamor.
Figura: É incontornável não atribuir o título de homem de jogo a Haris Seferovic. Depois de um cabeceamento falhado na primeira parte, o suíço apareceu letal no segundo tempo para se isolar no segundo lugar da lista dos melhores marcador da I Liga, com 11 golos. Bisou em três minutos e foi crucial em mais um triunfo das águias.
Desilusão: O meio-campo do Benfica passou por dificuldades. No primeiro tempo, sobretudo, a dupla Julian Weigl e Pizzi não tiveram a intensidade desejada e ambos não tiveram o acerto habitual no capítulo do passe. Quando uma equipa não domina o meio-campo acaba por permitir ao adversário ter mais bola, ter mais oportunidades e o Belenenses SAD aproveitou esse mesmo facto para apresentar um rendimento superior nos primeiros 45 minutos.
Surpresa: Longe de ser surpresa, Grimaldo regressou às exibições que já escasseavam há alguns jogos. Se Seferovic foi figura ao marcar dois golos, o lateral espanhol merece também ele destaque por 'bisar' nas assistências. Serviu o suíço, serviu Lucas Veríssimo e esteve competente a defender. Precisou de algumas dobras de Everton no primeiro tempo, mas ainda assim nota de grande destaque para Grimaldo.
Petit: Quem diz que o Belenenses SAD é uma equipa que só defende, tem de ter visto a primeira parte deste jogo. Os azuis entraram bem na partida e até podiam ter marcado ao Benfica nos primeiros 45 minutos. Sem um jogo duro - o Belenenses SAD fez apenas nove faltas -, a equipa que joga no Jamor mostrou um bom futebol, acabando por 'adormecer' no segundo tempo. É certo que o Benfica acelerou os seus processos, procurou jogar no espaço, mas é também certo que o Belenenses SAD não acompanhou a mudança de ritmo, nem teve a organização defensiva que é habitual na segunda parte.
Jorge Jesus: Na segunda parte encontrou a fórmula para a vitória. Disse aos jogadores para procurar o espaço e não se jogou tanto no pé. O Benfica procurou a profundidade - o segundo golo é a prova disso mesmo - e chegou com facilidade à vitória. A equipa da Luz teve um desempenho completamente diferente da primeira para a segunda parte e a estratégia de Jesus funcionou muito melhor nos segundos 45 minutos.
Árbitro, Tiago Martins: Sem polémicas ou lances de maior pressão, o árbitro esteve bem e passou ao lado do jogo. Mostrou apenas um amarelo e contabilizaram-se apenas 21 faltas. Mais jogos de I Liga houvessem assim.