O Sporting empatou, nesta sexta-feira, diante do Rio Ave, 1-1, e mantém-se envolvido numa das piores 'marés' desde que a temporada arrancou. Pese embora a igualdade, e fruto do mesmo resultado no Clássico, os leões mantêm a mesma distância (+4) para Benfica e FC Porto.
Depois da eliminação na Taça de Portugal, o leão não soube lamber as feridas no campeonato e não foi além de uma igualdade em Alvalade, resultado que os pupilos de Amorim apenas somaram por mais duas ocasiões na presente edição da I Liga (diante de Famalicão e FC Porto).
Por sua vez, o Rio Ave mantém-se invicto frente ao Sporting há 4 jogos, sendo que três dessas partidas foram realizadas no bastião dos leões. Outra nota positiva para os comandados de Pedro Cunha é o facto dos vilacondeses terem voltado a marcar fora de casa no campeonato, algo que já não sucedia há quatro encontros.
O golo do emblema visitante foi apontado por Gelson Dala na etapa complementar, numa jogada em que participaram três antigos jogadores do Sporting. Além do marcador do remate certeiro, o 'arquitecto' da jogada foi Geraldes e o assistente dá pelo nome de Carlos Mané.
Efetivamente, o Rio Ave equilibrou a balança na etapa complementar, face a uma primeira parte em que o leão tomou as rédeas do jogo, chegando com naturalidade ao intervalo a vencer com um golo de Pedro Gonçalves (12 golos na I Liga).
Após 14 jornadas disputadas, o leão continua sem derrotas, algo que já não sucedia desde 2017/18, antes disso precisamos de recuar à temporada 1994/95.
Vamos agora aos destaques deste Sporting-Rio Ave:
Figura do jogo: Carlos Mané teve 84 minutos em campo e rubricou uma das melhores exibições na presente época. Serviu Gelson Dala no golo do Rio Ave e além disso representou um cabo das tormentas para a defensiva de Alvalade. O ex-jogador do Sporting levou a cabo uma traição ao seu anterior clube e a sua exibição certamente encheu de saudade alguns adeptos leoninos.
Surpresa do jogo: Continua a ser difícil não colocar o Pote entre os destaques de uma partida. Apesar de menos vigoroso do que noutras ocasiões, Pedro Gonçalves continua a ter um instinto de matador invejável e, indubitavelmente, mantém-se como o grande abono de família no bastião verde e branco.
Desilusão do jogo: Quem viu e o quem vê! Bem sabemos que a idade já é outra, mas Fábio Coentrão ainda está muito longe de outras performances que já realizou. Realizou apenas o terceiro jogo no campeonato e acusou em demasia a falta de ritmo. Com várias perdas de bola, foi ainda uma 'mina' de passes falhados.
Treinadores
Rúben Amorim: Apostou em Plata para o lugar de Nuno Mendes (infetado com Covid-19), todavia a alteração custou momentos de aflição à defensiva leonina que não teve arte nem engenho para travar as ofensivas de Dala. As substituições de Amorim pouco ou nada trouxeram ao jogo. O treinador verde e branco não teve astúcia para abanar com uma segunda parte que teve muita parra e pouca uva.
Pedro Cunha: Falou ao intervalo com os seus jogadores e pediu uma mudança de atitude. Reprimenda que deu frutos e trouxe um Rio Ave mais frutuoso na etapa complementar. Sai com um ponto de Alvalade e muito por culpa de uma segunda parte em que a formação de Vila Conde neutralizou o meio-campo leonino.
Árbitro da partida: Exibição quase notável de Hélder Malheiro. Com um ou outro erro, nomeadamente na etapa complementar, não teve interferência no resultado final. Coates ficou a pedir penálti nos instantes finais da partida, mas não havia razão para assinalar o castigo máximo.
