O Chefe da Igreja Católica concedeu uma entrevista ao diário desportivo italiano La Gazzetta dello Sport, publicada neste sábado, 2 de janeiro, onde recordou o tempo em que era uma "criança feliz" a correr pelas ruas da Argentina.
Uma altura em que, apesar de ser um "pé duro" para o futebol, não se esquivava, em conjunto com os seus amigos, de disputar uma partida com "uma bola de de trapos".
“Lembro-me muito bem e com prazer de quando, em criança, a minha família ia ao estádio El Gasómetro (casa do San Lorenzo). Lembro-me, em particular, do campeonato de 1946, aquele que o meu San Lorenzo ganhou. Lembro-me daqueles dias em que passava a vida a ver futebol e a felicidade de nós, crianças, quando voltávamos para casa: a alegria no rosto, a adrenalina no sangue.
E não me esqueço que bastava uma bola de trapos para nós nos divertirmos e quase fazíamos uns pequenos milagres na praça lá ao pé de casa. Quando eu era criança gostava de futebol, mas não estava entre os melhores, aliás fui o que na Argentina eles chamavam de "pé duro", literalmente uma perna dura. Por isso sempre me deixavam na baliza. Mas ser guarda-redes foi uma grande escola de vida para mim. E também jogava basquetebol, aliás gostava muito até porque o meu pai tinha jogado no San Lorenzo", começou por dizer o Papa Francisco, deixando depois um recado universal para o mundo do desporto.
“O meu desejo para 2021 é muito simples e replico-o com as palavras que foram escritas numa camisola que me foi dada: 'Melhor uma derrota limpa do que uma vitória suja.' É a maneira mais bonita de se viver e para que estejamos sempre de cabeça erguida", complementou o Sumo Pontífice.