Bruno Tabata, jogador que foi esta temporada oficializado como reforço do Sporting, começa a dar nas vistas com a camisola dos leões.
Depois da chegada a Alvalade no final de setembro, o futebolista conquistou alguns minutos frente à antiga equipa, o Portimonense, ainda em outubro, mas desde então apenas pontualmente estava a ser chamado por Rúben Amorim.
Afastado de competição, fruto de uma lesão que o tirou dos relvados por 26 dias, o futebolista internacional sub-23 brasileiro tem aproveitado as oportunidades que lhe são concedidas para ganhar minutos e confiança... do treinador.
Na passada sexta-feira, frente ao Paços de Ferreira, em partida da Taça de Portugal, marcou um bom golo, mostrou detalhes técnicos e de entrosamento acima da média e acabou por ter o seu mais longo período em campo com a camisola dos leões.
Com apenas 4 jogos disputados com os verde e brancos, Tabata somou nesse encontro frente aos castores 72 minutos disputados, mais de metade dos que contabiliza no total (141).
Oportunidade no 'mata-mata' para ganhar lugar à direita
Com o interregno para disputa das eliminatórias da Taça de Portugal e Taça da Liga, os treinadores dos ditos grandes optam sempre por dar minutos aos atletas menos utilizados. Em jogos de menor pressão, com adversários teoricamente menos fortes, Bruno Tabata teve, contudo, uma 'estreia dura'.
É que, se o brasileiro de 23 anos já tinha entrado no anterior jogo da prova-rainha, desta feita enfrentou um adversário que dias antes tinha ido à Luz dar luta (vitória do Benfica, por 2-1) ao eterno rival. Segurou com Porro o lado direito até sair de campo, e mostrou já sinais de boa ligação com os companheiros da frente (Tiago Tomás e Nuno Santos).
Com TT como cliente de recurso para a posição, e com Pote a ser dor de cabeça quando lá atua para fugir para o meio, Tabata assume-se assim como mais um problema (positivo) para Rúben Amorim, até porque o técnico gosta de recompensar os seus atletas, quando estes o merecem, com novas oportunidades - caso de Tabata.
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Maldição fica nas costas... mas não é para olhar
Depois de 13 nomes de 'má memória' a vestir o sete, numa maldição que já remonta aos tempos de Luís Figo, Tabata, na apresentação, disse não temer a herança negativa que ia herdar.
Porém, como já vimos, o seu início de percurso no reino do leão foi atrasado por uma lesão que demorou 26 dias a ultrapassar. Izmailov, Sá Pinto ou Iordanov são jogadores que ficam como referência, mas o passado, para Tabata, é para... reconstruir.
De referir, por fim, que o brasileiro internacional sub-23 mantém um vínculo por mais cinco temporadas, estando blindado com uma cláusula de 60 milhões de euros.