Jorge Jesus chegou ao Benfica este verão com um único objetivo: ganhar. O fracasso da época passada, onde os encarnados se deixaram ultrapassar pelo FC Porto na I Liga, na final da Taça de Portugal, e onde a campanha europeia deixou muito a desejar, não pode acontecer novamente e, por isso, com a chegada de Jesus à Luz investiu-se... e de que maneira.

Até agora chegaram oito caras novas ao plantel, e entre contratações e vendas já circularam quase 200 milhões de euros, 172,92 milhões para se ser mais exato.

Em relação à temporada passada, há quatro novos titulares no onze encarnado e, praticamente, todos no ataque: Darwin Nuñez, Luca Waldschmidt e Everton. No entanto, comecemos por analisar a defesa do Benfica, que perdeu um dos seus 'nucleares' jogadores da época transata: Rúben Dias.

Rúben & Rúben: uma saída inevitável após eliminação 'Champions' e um desejo de Jesus

Sem grandes 'floreados', a não entrada na Liga dos Campeões obrigou o Benfica a vender. E, como disse Jorge Jesus, saem aqueles que têm mais mercado. Rúben Dias rumou ao Manchester City por 68 milhões de euros e entrou Otamendi, por 15 milhões. 

Rúben Dias no seu primeiro treino no Man. City© Getty Images

Para o lado direito chegou Gilberto, que parece ser o atual suplente de André Almeida, para o lado esquerdo tudo se manteve igual com Grimaldo e Nuno Tavares. No entanto, foi no eixo defensivo que viveu um dos maiores sonhos falhados Jorge Jesus: Rúben Semedo.

Para além das contratações de Vertonghen e Otamendi, o treinador de 66 anos pedia mais um central e fez o pedido expresso após o encontro diante do Farense, garantindo, contudo, que não se contentaria com qualquer atleta e, por isso, o Benfica foi buscar ao Barcelona Jean-Clair Todibo, que chega à Luz por empréstimo.

Como o próprio técnico revelou, o central português era o desejado para reforçar a equipa encarnada, sobretudo pela nacionalidade portuguesa que facilitava inscrições na UEFA, mas o Olympiacos não estava dispostos a facilitar o negócio, pelo que a cedência do jovem de 20 anos dos quadros catalães se inseriu numa lógica de acréscimo de talento... estrangeiro e não português.

Um meio-campo 'diferente', mas com poucas alterações

Este é talvez o setor que menos alterações sofreu com a chegada de Jorge Jesus. Pelo menos no que à introdução de novos jogadores diz respeito. Saíram Fejsa, em definitivo, e Florentino, por empréstimo, mas não existiu nenhuma contratação para o meio-campo.

Pese embora os jogadores sejam os mesmos, a verdade é que a dinâmica imposta por Jorge Jesus foi outra. Pizzi, que jogou toda a temporada 2019/20 mais encostado à ala direita, tem agora alinhado ao centro. E é talvez neste setor que Jesus tem tido mais dúvidas. Weigl, Taarabt, Gabriel, Pizzi... Já todos alinharam de início com o técnico ao comando das águias.

A revolução fez-se na frente de ataque e houve adeus ao... melhor marcador

É caso para dizer que 'E tudo Jesus mudou'. Se olharmos para o ataque dos últimos jogos do Benfica e para o ataque dos encarnados em 2019/20, praticamente nada permanece igual, a começar pela saída de Carlos Vinícius.

O avançado brasileiro rumou ao Tottenham num empréstimo de três milhões de euros (com cláusula de compra no valor de 45 milhões) e foi desta forma que o Benfica disse adeus ao seu melhor marcador da temporada passada. Era também ele um dos 'nucleares' do conjunto encarnado em 2019/20, mas Jesus nunca pareceu colocá-lo no topo das suas preferências.

Jorge Jesus e Darwin Nuñez à conversa© Global Imagens 

Darwin Nuñez e Luca Waldschmidt agarram o lugar e, juntos, já somam dois golos e quatro assistências. Além dos dois avançados, Everton 'Cebolinha' chegou, viu e convenceu Jesus a dar-lhe a titularidade. O extremo brasileiro que chegou do Grémio a troco de 20 milhões de euros não teve dificuldade em saltar para o onze encarnado e assim mudar, quase por completo, a frente de ataque das águias. Nestes três jogadores está, recorde-se, um investimento de 59 milhões de euros. Contudo, pode ainda haver mais, uma vez que na lista de desejo de Jesus está além de um central, mais um... avançado.

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