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Observatório da Violência Contra Atletas nasce para "dar voz" às vítimas

O Observatório Nacional da Violência Contra Atletas vai ser lançado pelo Instituto Universitário da Maia (ISMAI) com o objetivo de "dar voz a pessoas que vivenciaram ou vivenciam situações de violência, disse hoje à Lusa a coordenadora.

pista de atletismo

© iStock  

Lusa
18/09/2020 15:10 ‧ 18/09/2020 por Lusa

Desporto

ISMAI

O lançamento está marcado para terça-feira pelas 12:00, numa sessão no auditório do ISMAI, na Maia, distrito do Porto, em que estarão presentes apenas a equipa e os vários parceiros do projeto, mas transmitido em direto através das redes sociais.

Além do ISMAI, estão envolvidos no projeto o Comité Olímpico de Portugal (COP), a Autoridade para a Prevenção e Combate da Violência no Desporto (APCVD), a Ordem dos Psicólogos, o Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ) e a Associação Plano i, estando a equipa "em contactos com a Procuradoria-Geral da República (PGR)".

Segundo a ex-atleta e investigadora universitária na área das ciências do desporto Cláudia Pinheiro, que coordena o projeto, este Observatório "surge de uma preocupação de toda a equipa", ancorada em notícias e em "evidências científicas", de situações de violência no seio desportivo, tendo lembrado o exemplo da equipa de ginástica norte-americana, que sofreu de abusos sexuais durante vários anos às mãos do médico Larry Nassar.

"Estas situações de violência na prática desportiva existem, particularmente no plano internacional. Em Portugal, isto não está documentado, não há dados, não há nada. Há apenas uma perceção", destacou a coordenadora.

Segundo Cláudia Pinheiro, este tema está "extraordinariamente silenciado, oculto, ninguém fala", mesmo que "saibam que existe".

Apresenta-se como "uma plataforma de denúncia informal de situações de violência contra atletas", lê-se na apresentação, e apresentará um sistema anónimo, próximo de um questionário, num 'site' criado para o efeito.

Além da denúncia e partilha de situações atuais ou passadas, tanto por vítimas como por alguém que tenha testemunhado comportamentos violentos no desporto, se o denunciante o pretender, pode ser feito um encaminhamento da denúncia para as autoridades competentes.

Outro dos objetivos do projeto é o de "dar o contributo a nível da formação de treinadores" e outros agentes desportivos, além da produção de estudos científicos e a colaboração "na otimização de políticas e medidas de prevenção e combate à violência".

A equipa inclui duas antigas desportistas de alto nível, com a ginasta Cláudia Pinheiro e a nadadora Teresa Figueiras, ambas a trabalharem na área de ciências do desporto, além da psicóloga Sofia Neves, da Associação Plano I, e a investigadora Janete Borges, "que ajudará com a parte estatística e tratamento de informação".

"A grande mensagem é [o Observatório apareceu para] darmos voz a quem está a viver ou já viveu estas situações e não sabe o que fazer", resume Cláudia Pinheiro.

O contacto que teve no meio desportivo levou-a a encontrar atletas "que tendem a considerar isto como normal", pela "cultura que predomina, de muito esforço e de que tudo é possível", levando a uma normalização de situações abusivas.

"Outros consideram que estas situações não são muito normais, mas não sabem o que fazer, junto de quem fazer, como fazer, e isto poderá ser o espaço que muitos e muitas poderão necessitar, a que se possam dirigir sem medos de consequências, ou seja divulgado junto dos seus clubes ou federações", rematou.

 

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