Oficialmente confirmado como reforço do Manchester City para a próxima temporada, num negócio que irá render um encaixe financeiro de cerca de 25 milhões de euros aos cofres do Valencia, Ferrán Torres tece, esta quarta-feira, duras críticas ao anterior clube.
Em entrevista concedida ao jornal espanhol Marca, o médio de 20 anos mostra-se "muito feliz" com a transferência para a equipa onde alinham os portugueses Bernardo Silva e João Cancelo, mas não esquece a forma como foi tratado pela direção che.
"Comecei a pensar em sair no verão passado, quando voltei com toda a ambição após ter ganho o Europeu de sub-19, e o clube disse-me, pessoalmente, e ao meu agente que não contava comigo. Disseram-me, literalmente, que era o quinto extremo do plantel, além de que iam chegar reforços e que outros companheiros estariam à minha frente", revelou.
"Foi um golpe muito duro, mas o pior foi que o clube também me colocou no mercado. O Valencia ofereceu-me a todas as equipas de Espanha, e ligaram-nos 12 clubes da primeira divisão, inclusive o Levante, além de uma da segunda", acrescentou.
Ferrán Torres virou, de seguida, as atenções para Dani Parejo: "Tenho que dizer que, depois de três anos de experiência na primeira equipa, tudo isto me tornou mais maduro e mais forte mentalmante. Mas, com 17 anos, não. Parejo é um grande jogador, mas, pessoalmente, nunca tive uma boa relação com ele".
"Quando subi à primeira equipa, com 17 anos, passaram-se muitas semanas até me dedicar um simples 'Bom dias'. Não considero que tenha sido um bom capitão comigo. O pior veio com a saída de Marcelino. Usou-me e a Kangin como culpados no balneário, e deixou que isso se falasse durante semanas", rematou.