Vítor Bruno, treinador adjunto de Sérgio Conceição no FC Porto, compareceu na zona de entrevistas rápidas e congratulou os jogadores os azuis e brancos pela conquista da Taça de Portugal, demonstrando-se satisfeito com a exibição realizada pela sua equipa.
Expulsões e vitória do FC Porto: Foi uma época atípica, com muitas nuances que nos fizeram readaptar. A tal maldita doença que condicionou a nosso dia a dia. Neste momento não haverá muito falar sobre o jogo, que dominámos, à exceção dos últimos minutos. Temos de destacar os valores do grupo, que encarnou o povo do norte, um povo que nunca vira a cara à luta.
Demonstração de caráter: O caráter está presente no dia a dia. Os jogadores foram gigantes, tiveram uma capacidade de trabalho incrível em circunstâncias sobre as quais não vale a pena estar aqui a falar. Foi difícil mas, no fim, valeu a pena. Há uma relação muito forte no FC Porto entre adeptos, treinador e jogadores. Se sem os adeptos já era difícil, sem o treinador principl mais difícil se tornou. Sobraram aqueles 11 heróis que estavam no campo, além dos que estavam na bancada e que muito contribuíram.
Momento da expulsão de Conceição: Se houver câmeras a apontar para o nosso banco, verão o que aconteceu. Eu estava numa zona recuada e não vi absolutamente nada, com exceção de uma reação a uma falta que é marcada num jogo decisivo. O amarelo pareceu-nos demasiado forçado. Reação? É preciso perceber o contexto, o tipo de jogo em que estávamos, faltou sensibilidade para se perceber isso. A forma como os árbitros verbalizam o que querem passar para os bancos roça um pouco o exagero. Nós também temos responsabilidade nisso. É impossível não nos manifestar-nos.
Análise: Até à expulsão, o FC Porto controlou o jogo, ao controlar os dois homens do corredor central, o Gabriel e o Weigl, tendo atenção ao Chiquinho, que também é um jogador difícil de controlar. Depois, com bola, aproveitar uma debilidade do nosso adversário. Depois da expulsão, tivemos de voltar a reunir. A bola parada é um momento forte para nós, que nós trabalhamos. É muito redutor falar que o FC Porto vive da bola parada, porque, para consegui-lo, tem que ter volume, ser acutilante e ferir o adversário.
Mbemba como herói improvável: Ele passou um momento difícil aqui no FC Porto, quando não era muito utilizado e, hoje, está a jogar por mérito dele. Mas não podemos esquecer quem está em casa e sofreu muito e a viver como ninguém aquilo que estamos aqui a conquistar, que é o Marcano.
FC Porto na próxima temporada: Será um FC Porto igual a si próprio, igual à gente do norte.