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As notas do Marítimo-Benfica: Lage afundou à 13.ª queda

Treinador colocou o lugar à disposição após a derrota no Caldeirão dos Barreiros.

As notas do Marítimo-Benfica: Lage afundou à 13.ª queda
Notícias ao Minuto

08:01 - 30/06/20 por Ricardo Santos Fernandes

Desporto Análise

Terminou no Caldeirão dos Barreiros o ciclo de Bruno Lage no comando técnico do Benfica, ao cabo de 543 dias. Com apenas dois triunfos nos últimos 13 jogos, os papeis do divórcio entre o treinador e Luís Filipe Vieira ficaram 'assinados' na pérola do Atlântico.

Bruno Lage colocou o lugar à disposição, Vieira assumiu-se como 'culpado' da situação atual dos encarnados, mas a verdade é só uma: o Benfica termina a presente ronda (29.ª jornada) a seis pontos do líder FC Porto, que na verdade são sete, pela desvantagem no confronto direto, e a revalidação do título é vista, neste momento, como uma miragem.

No curriculum de Bruno Lage ficam 51 vitórias, 12 empates e 13 derrotas (181-76 em golos), em 76 jogos de águia ao peito. 

A 13.ª derrota consumou-se num Caldeirão onde o Benfica até entrou autoritário e com resquícios positivos de uma águia de outros tempos, mas o 'voo' alto foi de pouca dura e bastou meia hora para se perceber que a agonia, o nervosismo e os erros grosseiros começariam a surgir.

O meio-campo das águias desligou-se, a defesa abriu o dique e o Marítimo aproveitou na reta final da partida para aplicar a estocada final a uma equipa/treinador que sem força anímica para remontar o resultado encaixou dois golos e apenas não perdeu por 0-3, porque Joel Tagueu estava em posição irregular. 

Nanû foi o responsável por 'arquitetar' os dois golos maritimistas e na conclusão das jogadas Correa e Rodrigo Pinho traçaram o 'ponto cruz' na baliza de Vlachodimos.

Confira então os destaques deste jogo:

Figura do jogo: Exibição notável de Nanû. O ala direito constituiu um 'cabo das tormentas' para a defensiva das águias, deixando em cacos Zivkovic no primeiro golo do Marítimo. Foram duas assistências e uma oportunidade de golo criada que destruíram o nulo para dar 'azo' a um marcador muito sorridente para os insulares.

Surpresa do jogo: Se o nulo permaneceu durante tanto tempo muito se deveu a um super Amir. O guarda-redes iraniano foi fundamental para manter o nulo intocável, nomeadamente nos primeiros 20 minutos em que viu a sua baliza a ser 'fustigada' com remates de Chiquinho e Carlos Vinícius.

Desilusão do jogo: Ferro somou mais uma exibição para esquecer. Como em tantos outros jogos acumulou erros grosseiros que se acabaram por traduzir como fatais para as aspirações das águias. Engolido pela 'avalanche' Nanû acabou por ser 'varrido' nos dois golos do Marítimo.

Treinadores:

José Gomes: Demorou a encontrar estabilidade nos primeiros minutos de jogo, mas soube colocar, ao intervalo, a sua equipa no rumo certo para controlar o adversário. Imperial na táctica montada, teve no contra-ataque a arma mortífera para aniquilar o adversário.

Bruno Lage: Ponto final na sua carreira no estádio da Luz. Se os primeiros 20 minutos aspiravam a um Benfica do 'antigamente', com acordes sintonizados a um autoritarismo atacante, como há muito não se via, esfumou-se tudo de uma forma repentina. Menos aguerrido, mais previsível e domado por um adversário que soube a aplicar a 'machadada' na hora certa. Este Benfica precisa efetivamente de antibiótico e Lage já não é a poção 'farmacêutica' para salvar o vigente campeão. 

Árbitro da partida: Boa exibição de Hélder Malheiro que não somou erros graves. Bem no critério disciplinar e nos dois golos anulados ao Marítimo, após recorrer ao VAR, por fora de jogo, dos jogadores do emblema insular.

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