Num comunicado, publicado cerca das 22h30 locais (21h30 em Lisboa) de ontem, em conjunto com o serviço de imprensa do campeão germânico, o hospital indicou que Schumacher "sofria, à chegada, de um traumatismo craniano grave, com coma, que necessitava de uma imediata intervenção neurocirúrgica".
"Ele permanece numa situação crítica", acrescenta o breve comunicado - assinado por dois médicos e o director adjunto do hospital -, que foi lido perante os jornalistas, no Centro Hospitalar Universitário (CHU) de Grenoble, para onde foi transferido de helicóptero, desde a estância alpina de Méribel.
O porta-voz do hospital precisou que a próxima comunicação sobre o estado de saúde de Michael Schumacher não será feita antes das 11h00 locais (10h00 em Lisboa) de segunda-feira.
O antigo piloto sofreu na manhã de ontem (11h07 locais, 10h07 em Lisboa) um acidente de esqui, quando chocou com a cabeça contra uma rocha, numa altura em que esquiava fora da pista da estância de Méribel, nos Alpes franceses.
Schumacher foi inicialmente hospitalizado em Moutiers, mas, pelas 12h45 locais (11h45 em Lisboa), foi transferido para Grenoble, de forma a realizar mais exames, ao concluir-se que o seu estado poderia ser mais grave do que inicialmente parecia.
Na primeira informação oficial, prestada pelo director-geral da estância de Meribel, Christophe Gernignon-Lecomte, Schumacher não estaria mal. "Está no hospital de Moutiers, está consciente e o acidente não é demasiado grave", disse.
Sabine Kehm, porta-voz do antigo piloto, anunciou entretanto que Schumacher "levava capacete e não estava sozinho" quando aconteceu o acidente e que "mais ninguém esteve envolvido".
Segundo a rádio France Info, Schumacher, que é dono de uma casa em Méribel, estava acompanhado pelo filho de 14 anos.
O neurocirurgião Gerard Saillant, amigo pessoal de Schumacher, viajou, entretanto, de Paris para Grenoble, onde já se encontra, a acompanhar directamente o processo.