Gelson Martins está a viver um ano para esquecer. Se a pandemia já seria motivo suficiente para deixar o internacional português em franco desespero, afinal a Ligue 1 já não será retomada na presente época, o castigo que recebeu pelo Conselho de Disciplina gaulês ainda veio a agravar mais a situação.
No mês de fevereiro, o extremo luso empurrou o árbitro da partida frente ao Nimes por duas ocasiões, o que conduziu a uma suspensão de seis meses. Face à paragem forçada do campeonato, Gelson Martins viu a punição ser alargada até novembro.
"O castigo aumentou por algo que não é culpa minha. O campeonato acabou, mas não tenho nada a ver com isso. Sinto que me cortaram as asas. Sei que não estive bem mas acho que aprendi e já paguei o preço que tinha a pagar", começou por dizer o jogador do Monaco, mostrando-se "envergonhado" do comportamento que teve.
"Percebo que o que fiz não foi correto e não se deve fazer. Sou pai e tenho vergonha que os meus filhos possam ver as imagens e perceber o que fiz. Fui duramente castigado e aceito isso, mas o facto de não poder voltar a jogar quando todos os outros regressarem deixa-me triste", acrescentou, antes de evocar a saída do Sporting.
"Tinha muitas coisas na cabeça, alguns problemas a resolver face à minha saída do Sporting e não me sentia bem. Quando aquilo aconteceu não me reconheci e sei que não voltará a suceder. Mal acabou o jogo pedi desculpas ao árbitro e expliquei-lhe tudo", complementou.