A estação televisiva brasileira ESPN emitiu, esta terça-feira, uma entrevista com Luiz Phellype, na qual o avançado recordou os tempos que passou com Bruno Fernandes no Sporting, que, admite, acabaram por nem sempre ser os mais pacíficos.
O jogador leonino recorda o agora médio do Manchester United como, "de longe, o melhor" com quem alguma vez jogou, e destacou a forma empenhada como este se entregava aos treinos: "É um dos últimos a sair dos treinos. Depois das atividades, treina livres, penáltis e finalização".
"Isso reflete em campo. Eu gosto de ficar uns 20 minutos a melhorar o que eu preciso. Eu ia para o balneário, tomava o meu banho, pegava as minhas coisas, mas o Bruno ainda estava no campo. Ele ficava uma hora depois do treino todos os dias. Merece estar colhendo tudo que plantou", afirmou.
"Eu considero-o um amigo porque me ajudou muito dentro e fora de campo. A gente discutia para caramba nos treinos [risos]. Eu deixava-o falar mais porque conhecia-o bem. Quando extrapolava, ele depois pedia desculpas. Quem o conhece bem nem se stressa", prosseguiu.
Luiz Phellype admitiu, no entanto, que os ânimos acabaram por aquecer dentro das quatro linhas: "Uma vez, contra o Vitória de Setúbal estávamos no meio do jogo e eu achei que ele ia me passar a bola e gritei ‘Bruno’, mas ele chutou e errou".
"Ele ficou puto, olhou para mim e disse um monte: ‘O que é que queres? Já não posso rematar?’ Falou palavrão para caramba [risos]. Eu disse: ‘Está bem, Bruno’. Depois houve uma paragem técnica para água e ele veio pedir-me desculpas", rematou.