"Aprendi muito com ele, na semana faz treinamentos diferenciados, em Portugal é rei, todos gostam dele", disse Jonas em relação ao atual técnico do Flamengo, com o qual foi campeão no Benfica, em 2014/15.
O antigo avançado, de 36 anos, que fez a última época em 2018/19 e retirou-se devido a uma lesão crónica nas costas, lembrou em entrevista ao programa brasileiro Os Donos da Bola, da Rede Bandeirantes, que foi Jorge Jesus que o quis no Benfica.
"O Jorge Jesus é que me pediu (...). Tenho muito carinho, converso com ele, trocamos muitas mensagens. Trabalhei um ano com ele, é muito bom, gente boa, cobra muito no dia a dia, quanto mais ganha mais cobra", revelou em relação a Jesus, técnico que trocaria o Benfica pelo Sporting no final dessa época.
Jonas, que no Benfica venceu quatro títulos de campeão e foi duas vezes o melhor marcador do campeonato, contou ainda que Jorge Jesus exigia ainda mais quando ganhava, mas que quando perdia ficava, curiosamente, mais "tranquilo".
Para o ex-jogador é difícil imaginar Jorge Jesus -- que no Flamengo venceu o Brasileirão e a Taça dos Libertadores -, à frente de uma seleção, pelo facto de o técnico gostar muito da rotina diária.
"Ele respira futebol, é apaixonado, uma seleção acho muito difícil, mas se fosse para optar acho que ele optava pelo Brasil. Ele gosta muito de futebol brasileiro", acrescentou o antigo futebolista.
Na opinião de Jonas, o sucesso do Flamengo deve-se em muito a Jorge Jesus, e o avançado Gabriel Barbosa é apontado pelo antigo jogador do Benfica como um exemplo, pelo que melhorou, depois das experiências na Europa, com a ajuda do treinador português.
"O 'Gabigol' é aquele jogador 'nove puro', com muita mobilidade, o Jesus tem feito bem esse trabalho com ele e acho que a seleção brasileira, com ele, juntamente com Firmino e com o Gabriel Jesus, está bem servida", disse.
Na entrevista, Jonas revelou também que quando estava no Benfica chegou a ter sondagens para voltar ao Brasil, do São Paulo, Palmeiras ou Grêmio, mas que a sua passagem, de cinco épocas, por Lisboa e pelo Estádio da Luz foi sinónimo de "felicidade".
"Resume-se a uma palavra, felicidade, desde a minha chegada ao Benfica até ao término da minha carreira tive cinco anos maravilhosos, eu não troquei por nada a felicidade que tive naquele clube", sublinhou.
Atualmente o jogador vive em Ribeirão Preto, na zona metropolitana de São Paulo, para estar perto dos pais e irmãos, mas no Benfica sabe que tem o papel de embaixador à espera, como lhe foi proposto pelo presidente Luís Filipe Vieira.
"É um projeto que está em mente, estar próximo das comunidades benfiquistas, mas que para já eu fico por aqui, a família é a minha prioridade, estão todos bem, não tem outro caminho se não ficar em isolamento", disse o jogador em relação ao futuro, mas à pandemia da covid-19 que obriga ao confinamento e impediu para já o seu regresso a Lisboa, para onde tinha viagem marcada.