Apesar do sucesso alcançado nas suas primeiras temporadas no Manchester City, Pep Guardiola já regista menos 22 pontos que o Liverpool esta época no campeonato, entregando o título inglês de bandeja aos reds.
O técnico catalão sabe, por isso, que não tem 'lugar cativo' no banco de suplentes dos cityzens, admitindo a possibilidade de ser despedido se não seguir em frente na Liga dos Campeões.
"Se for eliminado da Champions pelo Real Madrid, o proprietário do clube e o diretor desportivo vão chamar-se dizer-me: 'Isto não é suficiente, queremos a Champions'. E vão despedir-me. E eu vou responder: 'Tudo bem, obrigado, foi um prazer'", previu Guardiola, numa entrevista concedida à Sky Sports.
O treinador, de 49 anos, abordou ainda a 'fase dourada' que viveu no Barcelona, na qual venceu todas as competições que disputou.
"Nunca me senti o melhor treinador do mundo, nem mesmo quando ganhei os seis títulos seguidos e o triplete pelo Barça. Ganhei porque tinha jogadores extraordinários, mas há treinadores fantásticos que não têm estes jogadores e não treinam grandes clubes. Sou um bom treinador, mas não sou o melhor. Mete-me uma equipa que não seja o Manchester City e não vou ganhar", admitiu Guardiola.
"Estamos a dar uma mensagem errada às novas gerações, que só contam os troféus. As pessoas pensam que, por seres o Guardiola ou o Klopp, tens que ganhar tudo em todas as épocas, e isso não é possível. Se não ganhas a Champions é um desastre e, se ganhas, um êxito. Se fosse assim, os mais de 100 anos da história do Manchester City seriam um desastre e isso não é verdade", prosseguiu.