Os nove portugueses que chegaram ao volante de um Fórmula 1

© Reuters

Casimiro de Oliveira

Irmão de Manoel de Oliveira- realizador de cinema, que também foi piloto de automóveis, nasceu em 1907 e começou a sua carreira na década de 30. Conduziu carros Ford, Jaguar e Bugatti, mas notabilizou-se com a Ferrari após a II Guerra Mundial. Testou um Ferrari F2 em 1953, em Modena, e foi o primeiro português a conduzir um monolugar de F1.

© Reprodução Jornal dos Clássicos

Frederico d’Orey

Nasceu no Brasil, mas era conhecido como o ‘Portuga’ por ser filho de pais portugueses. Tinha dupla nacionalidade e foi dos primeiros pilotos com licença desportiva brasileira a construir uma carreira fora de portas. Teve algumas experiências com monolugares de F1, mas a primeira foi no Grande Prémio de França em 1959 ao volante de um Maserati 250F alugado à Scuderia Centro Sud. A sua carreira terminou um ano mais tarde, depois de um grave acidente nas 24 Horas de Le Mans, que o obrigou a recuperação prolongada de 8 meses.

© Reprodução Jornal dos Clássicos

Mário de Araújo Cabral

Começou a sua carreira de automobilista em 1955 nos ralis e dois anos depois iniciou-se nos circuitos. A estreia na Fórmula 1 deu-se em 1959 no Circuito do Monsanto, onde ficou no 10.º posto. Participou ainda em mais quatro GP’s para o Mundial de F1.

© Reprodução Jornal dos Clássicos

Pedro Matos Chaves

Foi um dos grandes nomes do automobilismo português da década de 90. Depois de ser campeão de Formula Ford em 1985 e em 1987, venceu o campeonato britânico de Fórmula 3000 em 1990. Foi então que no ano seguinte chegou à Fórmula 1 pela mão da equipa Coloni, que no entanto nunca conseguiu dar-lhe a competitividade suficiente para se qualificar para um Grande Prémio. Tentou por 13 vezes, mas acabou por abandonar a equipa para ingressar novamente na Fórmula 3000.

© Reprodução Jornal dos Clássicos

Pedro Lamy

Foi o primeiro piloto português a conseguir pontuar na Fórmula 1. Antes da F1 conseguiu ser sempre campeão ou vice-campeão por onde passou, desde a Fórmula Ford à Fórmula 3000. Foi então em 1993 que chegou à categoria rainha do automobilismo e correu pela Lotus.

Porém, um grave acidente atrasou a sua evolução. Em 1995 chegou à Minardi e conseguiu os primeiros pontos na Fórmula 1 no Grande Prémio da Austrália, depois de ter assegurado um sexto lugar. Acumulou 32 Grandes Prémios, tendo abandonado a Fórmula 1 em 1997.

© Reprodução Jornal dos Clássicos

Tiago Monteiro

Tornou-se no português mais bem sucedido na Fórmula 1. Testou pela primeira vez um monolugar em 2002, em 2004 passou a ser piloto de testes da Minardi e no ano seguinte ingressou na Jordan onde conseguiu o primeiro pódio de um piloto luso. Foi no Grande Prémio dos Estados Unidos que Tiago Monteiro terminou em 3.º lugar, numa corrida atípica. Todas as equipas principais decidiram não participar na corrida, com excepção da Ferrari, devido a problemas de segurança nos pneus.

Depois disso, Monteiro pontuou na Bélgica, graças a um oitavo lugar, alcançando ainda mais um nono lugar no GP da Hungria. Acabou por abandonar a F1 em 2007 para se dedicar ao Campeonato do Mundo de Carros de Turismo (WTCC).

© Reuters

Filipe Albuquerque

Fez parte da Red Bull Junior Team em 2005 e participou em campeonato de F3 e Fórmula Renault. Venceu dois campeonatos nesta última categoria e o seu primeiro contacto com o monolugar da F1 foi através de eventos da Red Bull, tendo feito o seu primeiro teste oficial ao volante de um Toro Rosso.

Acabou por nunca chegar ao ‘Grande Circo’ apesar de ter corrido em GP2 e na A1GP. Em 2010 venceu o Race of Champions e derrotou na final Sebastian Loeb, tendo também levado a melhor no confronto direto com… Sebastian Vettel. De referir ainda que em 2013 venceu as 24 Horas de Daytona na categoria GT.

© Reprodução Jornal dos Clássicos

Álvaro Parente

Em 2005 venceu o campeonato britânico de F3 e dois anos mais tarde conquistou a World Series by Renault. Como prémio, em 2008, testou um monolugar de Fórmula 1 da Renault em Jerez de La Frontera. Esteve muito perto do Mundial de F1 em 2010, onde iria integrar a Virgin Racing, mas os patrocínios reunidos não foram os suficientes para conseguir o lugar. Em 2012 continuou a sua carreira na equipa oficial de GT3 da McLaren.

© Reprodução Jornal dos Clássicos

António Félix da Costa

Esteve na Fórmula Renault e em 2010 passou para a Fórmula 3 Euro Series. Foi precisamente nesse ano que conduziu o seu primeiro monolugar de F1. Testou um Force India em Abu Dhabi.

Mais tarde, voltou a estar ao volante de um Fórmula 1, desta vez um Red Bull. Chegou a ser piloto reserva da equipa austríaca, mas a aposta recaiu noutros pilotos. Félix da Costa escolheu então enveredar por outros caminhos como o DTM e a Fórmula E.

© Reprodução Jornal dos Clássicos