Liderança com aroma 'cafetero'. As notas do FC Porto-Feyenoord
Dragões bateram os holandeses para confirmarem não só o apuramento para os 16 avos de final da Liga Europa, como a liderança do grupo G.
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Desporto Análise
Custou, mas foi. Com uma exibição aquém das expectativas, o FC Porto venceu (3-2) na receção ao Feyenoord, pela última jornada da fase de grupos da Liga Europa, e selou o apuramento para os 16 avos de final da competição. Os dragões asseguraram ainda a liderança do grupo G, fruto também do empate (1-1) concedido pelo Rangers com o Young Boys.
Para alcançar o triunfo, o conjunto orientado por Sérgio Conceição beneficiou - e de que maneira - da má prestação defensiva da equipa holandesa, em especial do guarda-redes Nick Marsman, que assinou uma exibição muito pobre no Dragão.
Do lado dos azuis e brancos, e apesar da vitória, ficou na retina a fraca prestação de quase todos os jogadores do FC Porto, que, no global, realizaram um jogo fraco e pouco inspirado, principalmente em termos ofensivos.
É caso para dizer que o resultado foi melhor do que a exibição. Até porque, na sequência deste triunfo, os dragões agarraram o primeiro lugar do grupo, algo que parecia impensável há algumas semanas.
A figura
No regresso à titularidade, depois de ter falhado o embate com o Belenenses SAD, Luis Díaz foi o homem em destaque do lado do FC Porto neste duelo com o Feyenoord. Além de ter apontado o golo que inaugurou o marcador, o colombiano esteve muito ativo na frente de ataque azul e branca, tendo ainda um par de oportunidades para bisar. Jogou e fez jogar. Um exibição de luxo do jovem de 22 anos, que continua a mostrar qualidade para ser um titular indiscutível no onze de Sérgio Conceição.
A surpresa
Longe de brilhar, como fez Luis Díaz, Tiquinho Soares realizou, ainda assim, uma exibição positiva na noite desta quinta-feira. Numa temporada em que o seu desempenho nem sempre tem correspondido ao esperado, o brasileiro foi, diante do Feyenoord, um dos mais esforçados do lado azul e branco. Coroou o seu bom jogo com o golo que selou o triunfo dos dragões.
A desilusão
Nick Marsman viveu uma noite para esquecer no Dragão. Recaiu sobre ele a responsabilidade do primeiro golo do FC Porto, apontado por Luis Díaz, num lance em que tinha tudo para agarrar a bola e impedir o tento do colombiano. Mais tarde, voltou a facilitar no lance do terceiro golo azul e branco, ao não conseguir afastar o esférico na sequência de um remate de Otávio, e permitindo a recarga de Soares, que fez o gosto ao pé. Prejudicou, e muito, a sua equipa, já que os seus erros tiveram influência direta no resultado.
Sérgio Conceição
O FC Porto venceu, confirmou o apuramento para os 16 avos de final da Liga Europa e terminou na liderança do grupo - há, por isso, que dar mérito ao técnico azul e branco. A exibição frente ao Feyenoord, contudo, deixou muito a desejar. Os dragões entraram bem em campo, mas rapidamente começaram a deixar demasiado espaço no meio-campo para os holandeses circularem a bola à vontade em alguns momentos do jogo. Demorou muito tempo a mexer na equipa (efetuou a primeira substituição aos 74 minutos de jogo), mas conseguiu segurar o triunfo. Fica, no entanto, a sensação de que este FC Porto pode e deve dar mais.
Dick Advocaat
O treinador do Feyenoord já tinha avisado, na conferência de imprensa de antevisão a este duelo, que o FC Porto era melhor equipa e tinha os jogadores mais talentosos. E isso notou-se na noite desta quinta-feira, mais não seja porque os golos azuis e brancos surgiram de erros individuais dos atletas da equipa holandesa. Ainda assim, o Feyenoord deu boas indicações no Dragão, demonstrando que poderia ter feito mais nesta Liga Europa - algo que não é inteiramente da responsabilidade de Dick Advocaat, uma vez que o técnico só chegou ao clube no final de outubro, com a época já em andamento.
Árbitro
Sem ter cometido qualquer erro que tivesse influenciado o resultado, o alemão Deniz Aytekin assinou uma exibição consistente no Dragão - verdade seja dita, os jogadores de ambas as equipas facilitaram o seu trabalho, num encontro em que não se registaram lances polémicos dignos de realce.
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