Injustiça na cabeça de quem (não) a vê: As notas do Tondela-Sporting
Sporting voltou a assinar uma exibição positiva, mas, 'caiu' aos 88 minuto, quando Bruno Wilson assinou o golo da vitória do Tondela.
© Sporting
Desporto Análise
Três dias depois de bater o Paços de Ferreira, por 2-1, numa exibição positiva, ainda que a 'part-time', o Sporting foi a Tondela assinar, por fim, um desempenho consistente a tempo inteiro... que de nada acabou por servir.
Jorge Silas apresentou em campo uma equipa 'remodelada', assente num 4x4x2 losango, que voltou a fazer circular bem a bola, mas voltou a pecar pela falta de 'poder de fogo', que foi 'castigada' pelos homens da casa.
Ainda que bem longe do atrevimento com o qual recebeu o Benfica, a equipa orientada por Natxo González assegurou a primeira vitória em casa desta temporada, graças a um cabeceamento de Bruno Wilson ao cair do pano.
Injusto, dirão muitos, face ao controlo de que os leões dispuseram ao longo da larga maioria dos 90 minutos. Mas, verdade seja dita, esse controlo quase nunca teve uma real materialização.
No primeiro tempo, a única oportunidade de golo digna desse nome surgiu aos 32 minutos, quando Miguel Luís, completamente sozinho na grande área, atirou por cima. E, no segundo, Cláudio Ramos só teve de se esticar por duas vezes, para defender pontapés-livres de Bruno Fernandes.
Jorge Silas pode ter conseguido a mais sólida exibição da época, mas não se livrou da segunda derrota desde que chegou a Alvalade, e que deixa o Sporting em sério risco de perder o quarto lugar para o Boavista. Já o Tondela, permanece seguro no sétimo lugar do campeonato.
Figura do jogo
Formado no Sporting, mas sem nunca ter tido oportunidade de se mostrar na equipa principal, Bruno Wilson teve, este domingo, a sua pequena 'vingança'. O jogador de 22 anos esteve seguro na defesa, e, quando aos 88 minutos teve a oportunidade de marcar, não desperdiçou, dando, de cabeça, o melhor seguimento possível a um cruzamento de Pepelu.
Surpresa
Mais do que uma surpresa, Pepelu é, cada vez mais, uma certeza. Foi dos pés do espanhol de 21 anos que partiu o cruzamento para o golo tardio de Bruno Wilson, mas seria injusto reduzi-lo a uma assistência. Mesmo com o Sporting a 'apertar', não se deixou amedrontar e tomou as rédeas do meio-campo beirão, tornando simples o que muitas vezes pareceu complicado.
Desilusão
É verdade que os movimentos ofensivos do Sporting foram demasiadamente previsíveis, mas a imprevisibilidade que Sebastian Coates tentou impor está longe de ser a melhor. À medida que os minutos foram passando, o uruguaio foi o primeiro a dar sinais de impaciência, tentando levar o 'mundo' à frente e, claro está, acabando por comprometer a equipa ao perder a bola em zonas avançadas, o que aconteceu por mais do que uma vez.
Treinadores
Natxo González: O Tondela deste domingo não foi, de todo, tão atrevido quanto aquele que, no passado fim de semana, por pouco não 'roubou' pontos ao Benfica. No entanto, a aposta do espanhol numa defesa a cinco voltou a revelar-se acertada, como comprova a escassez de oportunidades de que dispôs o Sporting ao longo dos 90 minutos de jogo. Pode questionar-se a justiça da vitória, mas não a forma como a estratégia funcionou na perfeição.
Jorge Silas: Surpreendeu ao apresentar um meio-campo em losango, com Doumbia recuado, Bruno Fernandes e Miguel Luís nas alas, e Luciano Vietto mais próximo de Yannick Bolasie e Luiz Phellype. O Sporting mostrou estabilidade na defesa e boa circulação de bola, mas demasiada previsibilidade nas movimentações ofensivas. Tirando a oportunidade desperdiçada por Miguel Luís (uma aposta, mais uma vez, falhada) e um ou outro 'tiro' de longe de Bruno Fernandes, o Sporting nunca conseguiu criar problemas ao Tondela.
Árbitro
Incompreensível o critério disciplinar de Fábio Veríssimo. Mostrou o cartão amarelo a Xavier logo aos cinco minutos, por falta sobre Luciano Vietto, mas manteve-o no bolso durante grande parte do encontro perante faltas semelhantes. Aos 45+1 minutos expulsou Filipe Ferreira, mas, após indicação do VAR, optou por 'reduzir' o castigo para o cartão amarelo, numa decisão contestável. Noite muito confusa para o juiz.
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