Chris Froome quebrou, este sábado, o silêncio após o grave acidente sofrido no passado mês de junho, quando foi contra uma parede durante a sessão de reconhecimento do contra-relógio do Critério do Dauphiné, no qual sofreu fraturas no pescoço, no fémur, nas costelas e na anca.
Num vídeo publicado pela Team INEOS nas redes sociais, o ciclista britânico reconheceu que este se tratou de um “acidente estranho”: “Consigo lembrar-me de estar deitado no chão e de ouvir os primeiros assistentes a virem na minha direção”.
“A minha primeira pergunta foi ‘Consigo levantar-me? Consigo voltar à minha bicicleta? Vou ficar bem?’. E eles deixaram bem claro que não estava bem, que me devia deitar e que não ia continuar o resto da corrida. Perguntei se estaria recuperado a tempo da Volta a França, e eles rapidamente me tiraram isso da cabeça”, afirmou.
“Claro que não me iam dar um prognóstico, mas disseram que a minha perna parecia partida e que o braço também não tinha bom ar, por isso não ia voltar à bicicleta. Foi nesses primeiros momentos que realmente me apercebi de que não ia estar na Volta a França. Quase que pareceu uma cena da Anatomia de Grey”, acrescentou.
Chris Froome revelou, ainda, que “mal podia respirar após a operação” a que foi sujeito: “Os meus pulmões estão danificados pelas minhas costelas partidas. Estava a tossir sangue e tinha dificuldades em respirar. Quando acordei na manhã seguinte à operação, foi assustador ver o quão desesperado estava. 24 horas antes, esperava vencer o Critério de Dauphiné”.
In his first interview since the crash that ended his 2019 season, @ChrisFroome reflects on the incident and details his rigorous daily recovery regime which is helping him move closer to his goal of lining up on the start line for the 2020 Tour de France. pic.twitter.com/qWaubno3fz
— Team INEOS (@TeamINEOS) August 3, 2019