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Telas de mestres da pintura barroca de Portugal e Espanha em exposição

Oito telas de mestres andaluzes e portugueses de pintura barroca vão estar em exibição, a partir de hoje, no Museu Municipal de Faro, ao abrigo de uma parceria com o Museu de Belas Artes de Sevilha.

Telas de mestres da pintura barroca de Portugal e Espanha em exposição
Notícias ao Minuto

11:30 - 23/09/17 por Lusa

Cultura Faro

A exposição 'Pinturas do Barroco em Sevilha e no Algarve: Contactos, Coincidências e Divergências', que vai estar patente até 26 de novembro no museu da capital algarvia, mostra as influências da escola sevilhana no trabalho dos mestres portugueses e no Algarve durante os séculos XVII e XVIII.

"Não é todos os dias que nós temos aqui estes quatro mestres [andaluzes], são obras e são nomes que estão representados nos grandes museus mundiais e nos grandes museus europeus", disse à Lusa o diretor do museu, Marco Lopes, confessando que a exposição começou a ser delineada há dois anos.

A mostra apresenta quatro obras de pintores espanhóis, entre os quais dois dos maiores mestres do barroco andaluz, Bartolomé Murillo e Francisco de Zurbarán, e de quatro de pintores portugueses, nomeadamente, Oliveira Bernardes e Marcos da Cruz, neste caso, obras que integram o espólio de igrejas algarvias.

As obras que integram a exposição permanente daquele museu de Sevilha são de "um valor incalculável", observou Marco Lopes, sublinhando, sem especificar quantias, que se trata de "valores altos", tendo havido uma escolta policial de Sevilha até Faro para transportar as quatro telas.

No caso das obras portuguesas, estavam todas em igrejas do Algarve - três em Faro e uma em Tavira -, embora expostas "de forma discreta", servindo, sobretudo, como "objetos de culto para os fiéis", explicou Marco Lopes.

"Estas quatro telas estavam por restaurar, em muito mau estado de conservação, e nós quisemos mostrar que a função do museu é muito mais do que exibir, é também reabilitar e poder valorizar o património", concluiu.

A exposição é comissariada por Luís de Moura Sobral e Lina Lara, e conta com a colaboração de mecenas que se associaram a um projeto "que constitui um marco histórico na programação" do museu.

No próximo ano assinalam-se os 500 anos do nascimento de Bartolomé Murillo, nascido em 1618 em Sevilha, cidade andaluza que o viu morrer em 1682, tendo integrado a escola sevilhana, com artistas como Diego Velázquez, Zurbarán e Alonso Cano.

Em Portugal podem encontrar-se peças dos artistas, por exemplo, no Museu Nacional de Arte Antiga (MNAA), em Lisboa, que conta, na sua coleção permanente, com "Casamento Místico de Santa Catarina", de Murillo, para além das várias telas da série de 12 que compõe um "Apostolado" de Zurbarán datado de 1633 e que tinha como destino o Mosteiro dos Cónegos Regrantes de São Vicente de Fora, em Lisboa, segundo a página do MNAA.

A entrada para a exposição custa 1,50 euros.

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