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Itália cria primeiro G7 da cultura, que se reúne hoje e sexta em Florença

A cidade de Florença acolhe, hoje e sexta-feira, o primeiro G7 da Cultura, uma iniciativa desenvolvida por Itália, que assume, assim, um papel de liderança em matéria de defesa do património mundial.

Itália cria primeiro G7 da cultura, que se reúne hoje e sexta em Florença
Notícias ao Minuto

18:03 - 30/03/17 por Lusa

Cultura Florença

"Na origem deste projeto, está uma avaliação que fizemos ao Governo e que mostra que Itália tem uma liderança cultural, que se deve à importância do seu património", explicou o ministro italiano da cultura, Dario Franceschini.

"A Itália procura transformar essa força em ação, no plano internacional, para introduzir o conceito de diplomacia cultural na agenda das nações", acrescentou.

Durante dois dias, os ministros da Cultura dos sete países mais ricos do mundo estão reunidos na cidade toscana, para discutir o tema da "cultura como instrumento de diálogo entre os povos".

O primeiro-ministro italiano, Paolo Gentiloni, deverá abrir oficialmente o G7 ao final da tarde.

Dario Franceschini sublinhou que os trabalhos de preparação deste encontro deverão resultar num documento final que fixará a criação do G7 da Cultura.

"A atenção da opinião púbica sobre a salvaguarda do património aumentou em resultado de acontecimentos traumáticos, tais como a destruição da cidade de Palmira pelo Estado Islâmico" (EI), disse o ministro italiano.

Palmira, classificada como Património Mundial pela UNESCO, foi ocupada pelo EI de maio 2015 a março de 2016, tendo sido de seguida tomada pelo exército sírio, antes de cair novamente nas mãos dos jihadistas, em dezembro, e de ser retomada novamente pelo regime em março.

O EI destruiu os mais belos templos, tumulos funerários e um grande número de obras de arte.

Foi essa onda de destruição que levou Itália a lançar a ideia, em 2015, de uma força de intervenção internacional, uma espécie de "capacetes azuis da cultura", dedicada à defesa do património ameaçado por conflitos ou catástrofes naturais.

O comandante dos primeiros "capacetes azuis da Cultura" italianos, Fabrizio Parrulli, afirma-se preparado para treinar outras unidades que possam acorrer em defesa do património ameaçado por conflitos e desastres naturais.

Este general, que comandou durante vários anos uma 'task force' italiana no Iraque, representará esta iniciativa em parceria com a UNESCO, durante o 'G7 Cultura', na presença dos ministros da Cultura dos países mais ricos do mundo (EUA, Japão, Alemanha, França, Reino Unido, Canadá e Itália).

Estes responsáveis políticos destacarão a importância do diálogo intercultural como um instrumento essencial ao serviço da cooperação internacional e do desenvolvimento sustentável mundial, segundo um comunicado do Concelho da Europa (CE).

O secretário-geral do CE, Thorbjørn Jagland, participa nesta reunião ministerial do G7 sobre a Cultura, subordinada ao tema 'A cultura como instrumento de diálogo entre os povos'.

O G7-Cultura incidirá na proteção do património cultural, na luta contra o tráfico de objetos artísticos e históricos e na cultura como instrumento de diálogo entre as diferentes nações.

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