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Orquestra Metropolitana estreia peça de Sérgio Azevedo

A integral das sinfonias de Beethoven, as estreias de "Toada de Portalegre", com música de Abou-Khalil, e de "Giochi di uccelli", de Sérgio Azevedo, são alguns dos destaques da temporada 2016/17 da Orquestra Metropolitana de Lisboa (OML), apresentada hoje.

Orquestra Metropolitana estreia peça de Sérgio Azevedo
Notícias ao Minuto

16:35 - 06/06/16 por Lusa

Cultura Temporada

A temporada, orçada em 280 mil euros, tem cerca de cem concertos e, como artistas associados, tem o ilustrador André Carrilho e o pianista Artur Pizarro, que atualmente é professor convidado da Academia Nacional Superior de Orquestra (ANSO), sob tutela da Metropolitana, e que participará em cinco projetos, desde logo como solista, no concerto de abertura, no dia 24 de setembro.

No concerto inaugural da temporada, no Centro Cultural de Belém, Artur Pizarro, com a OML, sob a direção de Pedro Amaral, interpretará o Concerto para piano e Orquestra N.º 3 de Prokofiev, num programa que inclui "Le foncé ciel de la nuit glacée", de Ana Seara, e a Sinfonia n.º 5 de Beethoven.

Esta temporada celebra, em 2017, os 25 anos da OML, e coincide com o fim de mandato, a 31 de dezembro, da atual administração liderada por António Mega Ferreira, tendo como diretor artístico e pedagógico o maestro Pedro Amaral.

Questionado sobre uma possível continuidade, Mega Ferreira afirmou: "o meu mandato termina a 31 de dezembro deste ano, ponto final". Para continuar, Mega Ferreira coloca algumas "condições mínimas de funcionamento" e faz questão de manter Pedro Amaral, também em fim de mandato, como diretor artístico.

Na conferência de imprensa, realizada hoje na sede da Associação Música, Educação e Cultura (AMEC), que tutela a OML, a ANSO, o Conservatório e a Escola Profissional de Música, Mega Ferreira começou por afirmar que a temporada 2016/17 "fecha um ciclo", mas espera "a sua continuidade com a recondução de Pedro Amaral".

Fazendo um balanço o responsável afirmou: "Ainda não passámos a barra, mas estamos a entrar em velocidade cruzeiro".

"A situação [da AMEC] hoje é mais saudável, seguramente, da que existia quando presidia [o maestro] Cesário Costa, que fez um corte salarial de 20%", por outro lado as dívidas à Segurança Social e à Autoridade Tributária foram renegociadas, o que permitiu à associação "passar de um pagamento mensal da dívida de 40.000 para 12.000 euros", e ir repondo os valores salariais que foram cortados em 2012.

Mega Ferreira reconheceu que Cesário Costa foi obrigado a fazer esses cortes, e que "essa almofada salarial" criada foi "essencial" para a "gestão de emergência", com que se confrontou.

Ainda segundo o responsável tem-se "registado um aumento médio do público" - embora não tenham sido citados números -, e aumento de matrículas nas escolas, que passaram de 80, no ano escolar anterior, para 101, no atual.

Pedro Amaral, por seu turno, mostrou-se "disponível para continuar" com a atual equipa, e afirmou que foi "um privilégio assumir esta função".

O maestro disse que, em 2013, quando a atual equipa assumiu funções, encontrou "uma orquestra em estado de desgaste, desmotivada e que, atualmente, toca robustamente e se multiplica em vários projetos".

Mega Ferreira e Pedro Amaral afirmaram estarem já a trabalhar na temporada de 2017/18.

Quanto à temporada de 2016/17, entre outros destaques, Pedro Amaral referiu a "provável estreia em Portugal" da Sinfonia n.º 3 de Franz Berwald, compositor sueco que qualificou como um "génio singular", em fevereiro, pela OML, sob a direção de Emilio Pomàrico.

A Sinfonia n.º 14 de Dimitri Schostakovich, que "é raramente tocada", e a integral dos Concertos para Piano e Orquestra de Liszt, com Pizarro, no concerto de aniversário da Metropolitana, no dia 09 de junho de 2017, são outros destaques do maestro, além das estreias de Abou-Khabil, sobre o poema de José Régio, e de Sérgio Azevedo, "Giochi di uccelli" ("Jogos de pássaros", em tradução literal).

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