Maestrina Joana Carneiro dirige estreia da ópera 'A flowering tree'

A maestrina Joana Carneiro dirige a estreia, na quarta-feira, da ópera 'A flowering tree', de John Adams, no Centro Cultural de Belém (CCB), em Lisboa.

Joana Carneiro destaca "presença portuguesa" na temporada do São Carlos

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Lusa
04/04/2016 18:35 ‧ 04/04/2016 por Lusa

Cultura

CCB

A ópera sobe à cena em Lisboa, no âmbito da temporada lírica do Teatro Nacional S. Carlos (TNSC), dez anos após a sua estreia absoluta, em Viena.

Com dois atos, a ópera teve a sua primeira representação em Portugal, no grande auditório Calouste Gulbenkian, em Lisboa, em setembro de 2010, numa versão de semi-encenada, assinada por Rui Horta.

"A flowering tree", uma coprodução da Göteborg Opera, Teatro Comunale di Bolzano e Chicago Opera Theatre, com encenação de Nicola Raab, fica em cena no palco belenense até sexta-feira.

A ópera tem libreto de John Adams e de Peter Sellars, e é inspirada num conto tradicional indiano, traduzido pelo escritor A. K. Ramujan, em que a jovem Kumudha e um príncipe são submetidos a vários rituais e provações, destinados a demonstrar o poder transfigurador do amor, explica o TNSC, numa nota à comunicação social.

Quanto ao enredo da ópera, segundo a mesma fonte, Kumudha engendra um plano para ajudar a sua família pobre e transforma-se numa árvore, da qual ela e sua irmã colhem as flores perfumadas com as quais fazem grinaldas que vendem no mercado local.

Segundo o teatro lírico lisboeta, "o prodigioso imaginário de 'A flowering tree' parece imitar o de 'A flauta mágica' [de Mozart]", tendo sido uma encomenda de Peter Sellars, encenador e diretor do Festival do New Crowned Festival de Viena, ao seu amigo e compositor norte-americano John Adams, para celebrar os 250 anos do nascimento do celebrado compositor austríaco.

O elenco é constituído por três vozes solistas: a rapariga, anónima, na história original, e a quem Adams dá o nome tâmil de Kumudha, o príncipe e o narrador, "este uma invenção de Adams, a quem se refere 'como um barítono/narrador, omnisciente, e para todo o serviço', papéis desempenhados respetivamente, pela soprano Jessica Rivera, o tenor Shawn Mathey e o barítono Luís Rodrigues.

"Todos os outros papéis desta história são desempenhados por bailarinos e, por vezes, pelo coro, quando canta as linhas das várias personagens", adianta o TNSC.

O libreto está escrito em inglês, com secções para coro em espanhol, dado terem sido pensadas para os coros do El Sistema, da Venezuela, explica a mesma fonte.

A cenografia e figurinos são de George Souglides, em coprodução com o Teatro Comunale di Bolzano e a companhia do Chicago Opera Theatre, desenho de luz de Aaron Black e coreografia de Renato Zanella, contando com a participação da Orquestra Sinfónica Portuguesa e do Coro do TNSC.

Quanto ao compositor norte-americano, de 69 anos, à exceção da oratória de Natal "El Niño", todas as suas incursões na ópera e no teatro musical têm tratado temas contemporâneos, como "Nixon in China", "The death of Klinghoffer", "I was looking at the ceiling and then I saw the sky" e "Doctor Atomic".

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