De acordo com uma nota de imprensa divulgada pela Direção-Geral do Património Cultural (DGPC), o Plano de Conservação e Restauro das Abóbadas da Igreja do Mosteiro dos Jerónimos vai ser apresentado publicamente na quinta-feira, às 10:30.
Trata-se da segunda fase deste plano de conservação e restauro, considerado "urgente" pela DGPC e pela Associação World Monuments Fund Portugal (WMF Portugal), que apoia o projeto.
Esta segunda fase de restauro das abóbadas da igreja do mosteiro tem um custo aproximado de 150.000 euros e é financiada em dois terços pela WMF Portugal, devendo estar concluída, segundo a DGPC, no início de maio de 2015.
O restauro das abóbadas insere-se num plano maior para toda a igreja, desenvolvido pelo Departamento de Obras da DGPC para o decénio de 2012 a 2022 - quando se comemoram os 500 anos da conclusão da igreja -- e compreende cinco fases interiores e cinco fases exteriores, estando estimado em cerca de dois milhões de euros.
A World Monuments Fund Portugal, através de um acordo "protocolado" em 07 de maio de 2014 com a DGPC, está desde essa altura a colaborar neste projeto com apoio científico, técnico e de angariação de fundos, junto de mecenas nacionais e internacionais.
A investigação histórica, os estudos e levantamentos efetuados desde 1999, e a intervenção realizada durante a primeira fase, em 2013, permitiram, segundo a DGPC, "identificar e caracterizar as diversas patologias e elencar as respetivas causas".
Depois de analisadas e discutidas pela equipa técnica da DGPC e por investigadores de diversas instituições, que concluíram pela urgência da intervenção, permitiram a elaboração e concretização do plano de ação.
As abóbadas da Igreja dos Jerónimos, obra da responsabilidade João de Castilho (1470--1552), que dirigiu esta empreitada entre 1517-22, "são uma obra única, absolutamente inovadora para a época em que foram construídas e um exemplo maior do estilo manuelino em Portugal".
"Após cinco séculos, estão hoje a necessitar de uma intervenção urgente que as conserve, mantendo a integridade física e estética deste monumento, para as futuras gerações e para os milhares de visitantes portugueses e estrangeiros que todos os anos as visitam", sublinha a DGPC.
Nos monumentos tutelados pela DGCP, o Mosteiro dos Jerónimos continua a ser o mais visitado do país, com 807.845 entradas registadas em 2014.