Tribo indígena brasileira Yawanawá distinguida com prémio de arte digital

Uma obra de arte digital produzida com base em desenhos tradicionais da tribo indígena brasileira Yawanawá foi distinguida em Londres, na primeira edição dos Prémios de Arte Digitais, juntamente com outros quatro artistas internacionais. 

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Lusa
16/05/2025 16:16 ‧ há 9 horas por Lusa

Cultura

Londres

"Ventos de Yawanawá" resulta de uma colaboração do artista turco Refik Anadol, que parte dos desenhos tradicionais das irmãs e artistas Nawashahu e Mukashahu e os transforma em movimento através de Inteligência Artificial com base em dados sobre o ambiente da Amazónia.

 

O resultado é uma obra de arte digital influenciada pelas tradições visuais do povo Yawanawá e da sua relação com a natureza, "combinando o saber ancestral com tecnologia de ponta", afirmou hoje o chefe Biraci Brasil Nixiwaka à agência Lusa em Londres, durante a abertura da exposição dos finalistas dos prémios.

"Esta foi uma oportunidade de juntar artistas indígenas e artistas contemporâneos para transmitir a nossa mensagem: estamos a viver um momento difícil de alterações climáticas, de aquecimento global", vincou.

A tribo vive na Terra Indígena Rio Gregório, uma reserva protegida localizada no estado do Acre, na Amazónia, perto da fronteira com o Perú. 

Segundo o líder tribal, a venda da obra em formato digital NFT (Non-Fungible Token) já rendeu perto de dois milhões de dólares (1,8 milhões de euros), que serviram para financiar a construção de infraestruturas necessárias para uma conferência internacional sobre medicina indígena na aldeia Nova Esperança. 

A obra "Ventos de Yawanawá" recebeu o prémio especial de indústria. 

O coletivo norte-americano Operator, composto por Ania Catherine e Dejha Ti, venceu na categoria Experimental, o artista sul-coreano DeeKay na categoria Imagem em Movimento, o norte-americano Zach Lieberman na categoria Imagem Fixa e a croata Maja Petric na categoria Inovação. 

Os Prémios são uma iniciativa da House of Fine Art (HOFA), uma plataforma global de arte contemporânea centrada na inovação e tecnologia, e da leiloeira Philips. 

O cofundador da HOFA Elio D'Anna destacou a "extraordinária variedade de talento, visão e experimentação" apresentada não só pelos cinco vencedores, mas dos 32 finalistas entre mais de 200 candidatos de 48 países. 

Leia Também: Arquitetura portuguesa entre finalistas dos prémios ibéricos FAD 2025

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