Quinta das Conchas recebe arte urbana

Depois de notar a ausência de arte urbana na 'sua' freguesia do Lumiar (Lisboa), Ana Vilar Bravo encontrou no Parque da Quinta das Conchas, ponto de encontro da comunidade, a 'matéria-prima' para idealizar o projeto LumiARTE [urbana].

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© Reuters

Lusa
13/12/2014 16:05 ‧ 13/12/2014 por Lusa

Cultura

Lumiar

A desenvolver uma tese de mestrado sobre arte urbana participativa, Ana Vilar Bravo avançou para o projeto artístico "pela e para a comunidade local" e a iniciativa já conquistou um lugar nas Festas de Lisboa de 2015, conforme acordado numa reunião com a empresa municipal organizadora, a EGEAC.

A autora do projeto explicou à agência Lusa que juntos -- a comunidade, os utilizadores do Parque da Quinta das Conchas e dos Lilases e artistas - vão "transformar a imagem do espaço verde mais emblemático da freguesia, tornando-o num espaço público de arte viva e vivida".

"A iniciativa pretende democratizar, desmistificar e educar os cidadãos para a Arte, eliminando as distâncias que habitualmente separam os públicos e os criadores, permitindo a interação de todos os intervenientes no processo artístico", acrescentou.

Como ponto alto, a mentora do projeto destacou os eventos artísticos e culturais que serão promovidos entre 01 de maio e 31 de julho de 2015, numa lista que incluirá música, dança e outras artes performativas.

"Esta parte ainda está em fase de estudo e pré-programação e vai ser feita em conjunto com os nossos parceiros institucionais, como a EGEAC", disse Ana Vilar Bravo, revelando o orçamento previsto de 70 mil euros para a totalidade do projeto.

A intervenção de arte plástica acontecerá em dois muros do Parque da Quinta das Conchas e dos Lilases, o que totaliza cerca de 860 metros de superfície, além da instalação de obras "estrategicamente junto a passadiços e áreas de circulação".

A autora indicou que o LumiARTE [urbana] vai envolver a colaboração de outros trabalhos académicos, como na área da toponímia e da etimologia do termo Lumiar, e a elaboração e oferta de uma maqueta parcial 3D do parque.

Dois académicos vão ainda criar uma aplicação para Android (sistema de telemóvel) com a visita virtual às obras de arte.

A nível institucional, o projeto deverá contar com o apoio da Galeria de Arte Urbana.

O projeto foi inicialmente apresentado na Lisbon Street Art and Urban Creativity International Conference, a 05 de julho, em Lisboa.

A estudante da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa acredita ser um modelo a aplicar por toda a cidade e até no resto do país, sendo provavelmente a imaginação o único limite.

"Este modelo de projeto é replicável noutras freguesias e noutros concelhos do país, naturalmente, com os devidos ajustes, e tendo em conta as inerências e as especificidades de cada localidade e comunidades residentes, operantes e usufrutuários", considerou.

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