O novo equipamento resulta de um investimento destinado a "preservar" aquele património, que remonta a 1952 e está desativado há mais de 30 anos, contou hoje à agência Lusa Luís Vilhena, um dos proprietários.
Luís e Clara Vilhena, na casa dos 50 anos, são netos do fundador da fábrica de moagem, José Mateus Vilhena, e lançaram mãos à obra, em 2010, para evitar a degradação do edifício, que faz parte das suas vidas.
"É um edifício histórico e que nos diz bastante. Nós crescemos ali", justificou o proprietário, realçando que os equipamentos estavam "todos intactos".
Para viabilizar economicamente o museu, a família instalou, na casa e no celeiro ao lado da fábrica, uma unidade de turismo rural, com nove quartos, que também será inaugurada no sábado.
"A rentabilidade da moagem, como museu, seria muito pouca, se não tivéssemos apoios", sustentou Luís Vilhena.
Os dois equipamentos representam um investimento na ordem dos 600 mil euros, tendo uma parte sido comparticipada por fundos comunitários.
Foram criados três postos de trabalho e a família espera que o seu projeto se traduza também em "desenvolvimento para a aldeia".
Segundo o proprietário, o Museu da Farinha, cuja execução contou com o apoio técnico da câmara, integra-se na "rota" dos museus do concelho, a par do Museu Municipal de Santiago do Cacém e do Museu do Trabalho Rural de Abela.
As entradas no museu serão pagas, exceto para os residentes em São Domingos e nas primeiras visitas das escolas do concelho.