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António Borges Coelho: Cerimónias fúnebres realizam-se na segunda-feira

As cerimónias fúnebres do historiador António Borges Coelho, que morreu hoje, aos 97 anos, realizam-se na próxima segunda-feira, em Alcabideche, no concelho de Cascais, disse à Lusa fonte editorial.

António Borges Coelho: Cerimónias fúnebres realizam-se na segunda-feira

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Lusa
17/10/2025 20:58 ‧ há 16 horas por Lusa

Cultura

Óbito

O corpo do historiador estará no Centro Funerário de Alcabideche, na segunda-feira, a partir das 12h00, onde será prestada uma homenagem, pelas 16h30, estando prevista a cerimónia de cremação para as 18h00.

 

António Borges Coelho, professor, escritor, investigador, combatente antifascista, morreu hoje, aos 97 anos, numa unidade de saúde de apoio nos arredores de Lisboa, disse à agência Lusa a Editorial Caminho.

Natural de Murça, em Trás-os-Montes, onde nasceu em 07 de outubro de 1928, Borges Coelho recebeu o Prémio Universidade de Lisboa em 2018, instituição onde foi aluno e professor.

António Borges Coelho licenciou-se em Ciências Histórico-Filosóficas, em 1967, pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, instituição onde se doutorou em 1984, e onde lecionou de 1974 a 1994, no Departamento de História, depois dos anos da ditadura que o afastaram da docência.

Em 1999, Borges Coelho foi agraciado com a Ordem de Sant'Iago da Espada e, em 2018, condecorado com a Grã-Cruz da Ordem da Liberdade.

A sua bibliografia inclui poesia, ficção, ensaio, teatro e uma bibliografia extensa em que se destacam obras como 'As Raízes da Expansão Portuguesa', 'A Revolução de 1383', 'Portugal na Espanha Árabe', 'A Inquisição de Évora', além de sete volumes da História de Portugal.

Este ano publicou na Caminho a coletânea 'Poemas'.

Quando recebeu o Prémio Universidade de Lisboa, o júri, ao qual presidiu o então reitor António Cruz Serra, justificou a distinção pelo seu "singular percurso na historiografia portuguesa" e o "trabalho inovador".

Além de destacar a "relevância do seu percurso científico", e o facto de ter sido perseguido "muitas vezes em circunstâncias adversas", durante a ditadura, o júri sublinhou ainda a grande erudição e acessibilidade da obra de Borges Coelho, e "o seu comprometimento com a cultura e a língua".

Em 2022, a Associação dos Jornalistas e Homens de Letras do Porto distinguiu o historiador com o Prémio Rodrigues Sampaio, definindo-o como "um homem de coragem" e uma "personalidade ímpar da cultura e da cidadania, autor de inovadora e vasta obra no domínio da História, mas também poeta luminoso".

Leia Também: António Borges Coelho, historiador que inovou e viveu "no fio da navalha"

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