De acordo com o contrato disponibilizado no portal de contratação pública Base, consultado hoje pela Lusa, a decisão de adjudicação foi aprovada em 04 de setembro e o prazo de execução do contrato é de 25 anos, podendo ser renovado por mais cinco anos.
É obrigação do vencedor do concurso a "realização dos trabalhos de reabilitação e todas as obras necessárias à conservação, manutenção e reparação dos bens afetos à concessão, assim como a respetiva gestão e a exploração do Teatro da Vilarinha, através de uma programação cultural eclética, abrangente, adequada e aberta a vários públicos", pode ler-se no mesmo documento, que dá conta que o prazo máximo para a fase de reabilitação do imóvel é de 18 meses.
A proposta da Arabesco Melódico foi a única que se apresentou a este concurso público.
Segundo a candidatura apresentada por Eliseu Silva, a programação cultural do espaço deverá ter início a partir de setembro de 2027.
"A programação será desenvolvida em parceria com a Associação AMASING, com direção artística de Eliseu Silva, e contará com uma equipa especializada em música, teatro, dança, cinema, literatura, som, imagem, produção e mediação cultural", refere-se.
O concurso público lançado referia que o vencedor teria de pagar uma contrapartida financeira não inferior a 600 euros por ano à união de freguesias, de acordo com o programa do procedimento disponibilizado. Esse valor será de 840,04 euros.
Eliseu Silva é natural do Porto, maestro e violinista de carreira internacional.
Em outubro de 2018, a união de freguesias assumiu a gestão do Teatro da Vilarinha, que fechou para obras em janeiro do ano seguinte, obras essas que nunca se realizaram, na sequência da saída da Pé de Vento como companhia residente.
A Companhia de Teatro Pé de Vento deixou, em novembro de 2018, de ser a companhia residente no Teatro da Vilarinha, pondo fim a uma parceria com mais de duas décadas.
Enquanto companhia de teatro residente na Vilarinha, a Pé de Vento realizou 78 espetáculos onde estão incluídas 40 estreias absolutas, 22 espetáculos de repertório com 2.300 representações e acolheu 89 grupos, num total de 265 representações.
Em junho de 2023, o então presidente da União de Freguesias, Tiago Mayan, dizia, em declarações ao Público, ter planos de reabrir o espaço durante o ano de 2024.
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