Fald Shaker, cantor popular nascido de mãe palestiniana e pai libanês, foi acusado de ter participado em 2013 em confrontos em Sidon, no sul do Líbano, que opuseram o xeque radical Ahmad al-Assir e os seus apoiantes ao exército libanês, no qual 17 soldados foram mortos.
Partidário de Ahmad al-Assir, Shaker negou qualquer envolvimento nos confrontos e escondeu-se no campo de refugiados palestinianos de Ain al-Hilweh, perto de Saida (sul), o maior do país, que escapa ao controlo das autoridades libanesas.
Ahmad al-Assir foi condenado à morte em 2017 por "terrorismo".
Em 2020, um tribunal militar libanês condenou Shaker a 22 anos de prisão por ter prestado apoio financeiro e logístico ao grupo "terrorista" liderado por Assir.
"Fadl Shaker entregou-se ao exército libanês na entrada do campo de Ain al-Hilweh, antes da conclusão do seu processo judicial", disse hoje uma fonte judicial à agência de notícias France-Presse (AFP).
Por causa de uma convenção de longa data, o exército libanês permanece fora dos campos palestinianos e deixa as fações palestinianas gerirem a segurança.
Uma fonte próxima de Shaker disse à AFP que o cantor, que continua a afirmar ser "inocente", está "confiante na independência da justiça, que desta vez lhe fará justiça".
Em julho, enquanto ainda estava foragido, Fadl Shaker lançou uma canção que chegou ao topo das vendas no mundo árabe. O videoclipe, filmado em Ain al-Hilweh, teve mais de 113 milhões de visualizações no YouTube.
Leia Também: ONU confirma 103 civis mortos no Líbano desde o cessar-fogo