'A Memória do Aqueduto' traça retrato de crise de abastecimento de água

A peça "A Memória do Aqueduto", da companhia Visões Uteis, estreia-se, quinta-feira, no reservatório do Amial, no Porto, enquanto retrato de uma crise de abastecimento de água "entre aqui e Atenas" num "convite sensorial à imersão".

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© FITEI

Lusa
14/05/2025 11:31 ‧ há 3 horas por Lusa

Cultura

Porto

A nova criação da companhia portuense, inserida no âmbito do Festival Internacional de Teatro de Expressão Ibérica (FITEI) coloca duas questões como mote: E se a água que sai da torneira não fosse mais potável? E se o saneamento ameaçasse engolir a cidade?

 

O palco do 'A Memória do Aqueduto' vai ser o Reservatório de Águas do Amial, já desativado, o que limita a plateia a 14 lugares por espetáculo, algo que pode ser uma vantagem num espetáculo que se apresenta como "um convite sensorial à imersão num espaço e património únicos da cidade".

"Este é um espetáculo escrito e desenhado a pensar num sítio específico que pela forma como está desenhado convoca memórias de cognição e de experiência que não se tem numa sala de espetáculo e isto é algo único", referiu o dramaturgo Carlos Costa, em declarações à Lusa, à margem de um ensaio.

A ação passa-se "entre o aqui, não necessariamente o Porto, e Atenas": "aqui" a água ficou salinizada, em Atenas o saneamento parece querer engolir a cidade, a água não desce, sobe.

A solução, procurada por engenheiros, tarda e "a dada altura passa-se para um cenário de ficção científica anos 1970/80 e a solução, meia onírica, parece estar entre o Aqueduto e a Muralha de Adriano".

"Aqui, no aqueduto, há ao vivo dois atores e depois outros atores, outras personagens, como o vereador daqui, a mulher do engenheiro, jornalistas, o politico em Atenas, entram via ecrãs e vão dando conta do que vai acontecendo", disse.

O também corresponsável pela direção do espetáculo, com Jorge Palinhos, continuou: "As comunicações vão piorando, os canais de TV começam a ter problemas de transmissão, começa tudo a desfazer-se, vai tudo deslizando e começa a ficar mais místico, como acontecia na ficção científica dos anos 1970/80".

'A Memória do Aqueduto' estreia-se quinta-feira, às 21:00 e com repetição às 23:00, tendo também sessões na sexta-feira e sábado, nos dias 19, 20 e 21.

Cocriado com George Sachinis (que também intepreta), o espetáculo tem interpretação de João Delgado Lourenço, Matilde Cancelliere, Alice Costa, Ana Vitorino, Carlos Costa, Marina Aloupi e Rita Pinheiro.

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